Moto GP. Futura pista no Rio de Janeiro construída em campo de minas por detonar

Documentos revelados pela Sportlight Agency, que datam da época em que se desmantelou a base militar de Deodoro,
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Em outubro, o Brasil viu confirmado o regresso do Campeonato do Mundo de MotoGP a partir de 2022. O problema é que o circuito que acolherá os melhores pilotos da modalidade ainda não está construída e o local escolhido para a construir é uma antiga base militar... que ainda tem minas por detonar.

Segundo documentos revelados pela Sportlight Agency e republicados na imprensa brasileira, quando a base militar de Deodoro (Rio de Janeiro), localizada na área do futuro circuito, foi desmontada era um campo minado e nem todas as minas foram detonadas. O relatório informa que foi feita uma limpeza entre 2014 e 2015 (antes dos Jogos Olímpicos de 2016, localizados na mesma área) e que foram encontradas 167 mil minas, todas detonadas com segurança, na altura. No entanto, as limitações que os especialistas tinham em relação a materiais e técnicas de busca impediram o registo bem-sucedido de todas as áreas de Deodoro, de modo que existem locais onde ainda existem minas ativas.

Os trabalhos de construção da nova pista - projeto defendido por Bolsonaro, que quer retirar a F1 de Interlagos e levar para o Rio de Janeiro - ainda não começaram. Faltam os estudos de impacto ambiental. A expectativa é que as obras tenham início no fim do ano, e a pista seja entregue em 2021.

A construção da pista de Deodoro implica um investimento de 850 milhões de reais (cerca de 187 milhões de euros) e vai gerar sete mil empregos.

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