Mais um bis de Pote para Sporting dar a volta ao Moreirense e reforçar 1.º lugar

O terceiro bis consecutivo de Pedro Gonçalves (o quarto em oito jogos) valeu o quinto triunfo consecutivo ao folgado líder Sporting. Reviravolta e 2-1 sobre o Moreirense e seis pontos de avanço (Braga e Benfica podem ficar a quatro)
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César Peixoto, em estreia no banco (esteve de fora no primeiro jogo, a recuperar da infeção por Covid, há uma semana na Taça), montou uma equipa que criou o maior desafio ao líder desde a visita do FC Porto (2-2, único jogo em que os leões cederam pontos neste campeonato).

Ainda por cima, o Moreirense marcou cedo, conseguindo o primeiro golo como visitante. Até foi auto-golo (Neto), mas a jogada merecia a finalização de Waterson, nas costas do defesa leonino.

A reação rápida do Sporting fazia prever que o turbo-futebol da equipa de Rubem Amorim acabaria por moer os minhotos. Mas se o empate surgiu naturalmente, com mais uma assistência de Nuno Santos e mais um golo de Pedro Gonçalves, a reviravolta tornou-se difícil.

A dupla reclama com direito os holofotes: na Liga, foi a quarta assistência do esquerdino, que já marcou três golos. Pote, no campeonato, somava oito golos e uma assistência. Naquele momento (8"), juntos somavam 11 golos marcados e cinco assistências. Ou seja, influência em 16 dos 20 golos que o Sporting soma ao intervalo do jogo da 8.ª jornada da Liga. No final, passou para 17 em 21, com o quarto bis de Pedro Gonçalves. Mas já lá iremos.

A primeira parte foi bastante frenética, e não só por causa dos golos madrugadores: 1-1 aos 8 minutos. Foi, sobretudo, porque o Sporting conseguia umas nesgas para visar a baliza de Pasinato (salvou o 2-1 após uma bola na barra de Sporar) e porque o Moreirense tinha em D"Alberto uma arma semelhante à do adversário.

O lateral belga é uma seta a ganhar o flanco direito, um pouco como Porro e Nuno Mendes fazem nos leões. E criou algumas dificuldades ao líder até ao intervalo.

Na segunda parte, o jogo estagnou um bocado. Os extremos do Moreirense defendiam dentro e secavam os espaços para as transições supersónicas do Sporting. E o jogo tornou-se menos elétrico.

Mas Pote não estava, de todo, conformado. O ataque à baliza não podia ser nas combinações rápidas dos virtuosos? Ia à bomba. Aos 69", progrediu com bola e, à entrada da área, saca um remate prodigioso que sobrevoa Pasinato e bate na barra, sendo refletida para o chão muito perto da linha de golo.

Pouco depois (76"), Pedro Gonçalves recupera uma bola no meio campo ofensivo, vira-se e atirou de longe para o golo da vitória. Pasinato ficou mal na fotografia, mas Pote ficou muito bem.

O quarto bis em oito jogos, o terceiro consecutivo, coloca-o acima de nomes como Peyroteo, Manuel Fernandes, Jardel ou Liedson.

Resultado: o líder Sporting continua a ser o melhor ataque com 21 golos, mais dois do que o FC Porto e quatro do que o Benfica. E poderá continuar a ser a melhor defesa, apesar do golo do Moreirense. Tem cinco sofridos, tantos como Rio Ave (visita domingo o Gil) e o Belenenses (visita domingo o Boavista).

Mas melhor do que tudo isso para Rubem Amorim é que os leões seguem firmes no comando, com 22 pontos. Para já, com mais seis do que o segundo, o FC Porto (16 pontos). Mas Sp. Braga (15, recebe domingo o Farense) e Benfica (15, visita o Marítimo, segunda-feira) podem colocar-se a quatro.

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