Lewis Hamilton ajoelha-se e lidera protesto anti-racismo antes de corrida da Fórmula 1
Todos os pilotos usaram uma T-shirt preta onde se lia "Acabem com o racismo", mas seis deles optaram por não se ajoelhar como o seis vezes campeão do mundo.
O britânico Lewis Hamilton liderou o protesto contra o racismo dos pilotos de Fórmula 1, com 14 dos 20 a ajoelharem-se na grelha de partida antes do Grande Prémio da Áustria.
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Hamilton usou uma T-shirt onde se lia "Black Lives Matter" (vidas negras contam) e os outros pilotos alinharam-se todos junto dele à frente da grelha de partida com T-shirts pretas onde se lia "Acabem com o racismo".
Hamilton, seis vezes campeão mundial que procura revalidar o título, curvou a cabeça quando se ajoelhou. O único campeão negro, o britânico tem mostrado o seu apoio ao movimento anti-racismo da Black Lives Matter desde a morte, no ano passado, do afro-americano George Floyd à mãos de um polícia branco.
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Seis dos 20 pilotos mantiveram-se de pé durante o hino austríaco. Charles Leclerc, da Ferrari, Max Vestappen, da Red Bull, Carlos Sainz, da McLaren, Danil Kvyat, da Alpha Tauri, Antonio Giovinazzi e Kimi Raikkonen, ambos da Alfa Romeo. Mas não deixaram de expressar o seu compromisso na luta contra o racismo.
No Twitter, antes da corrida, Leclerc escreveu que "todos os 20 pilotos estão unidos com as suas equipas contra o racismo e o preconceito, ao mesmo tempo que abraçam os princípios de diversidade, igualdade e inclusão", apoiando os compromissos da Fórmula 1 e da FIA. "Acredito que o que importa são os factos e comportamentos na nossa vida diária mais do que gestos formais que podem ser vistos como controversos em alguns países. Não vou ajoelhar-me, mas isso não significa que estão menos comprometido do que outros na luta contra o racismo".
O Grande Prémio da Áustria marca o início do campeonato da Fórmula 1, que este ano se vê afetado pela pandemia de coronavírus.