FC Porto vence com um super Óliver e chega líder ao clássico
O FC Porto passou no teste de Tondela (3-0) e aconteça o que acontecer no Benfica-Marítimo de segunda-feira vai chegar ao clássico do dia 2 de março na liderança da Liga. Resta saber se a um ou a quatro pontos das águias. Foi uma vitória tranquila, numa noite em que Sérgio conceição foi obrigado a mudar muitas peças devido aos vários impedimentos e teve em Óliver o grande joker - esteve no lance do primeiro golo e marcou um golaço.
Não foi uma partida fácil para Sérgio Conceição construir a equipa, dadas as muitas ausências (Danilo, Marega e Soares, este último castigado) a que se juntaram mais dois casos: Militão foi apanhado numa noitada e saltou da convocatória por castigo, e Brahimi, que por regressar de lesão começou o jogo no banco de suplentes (saó entrou a 20 minutos do fim). Perante este cenário, Pepe formou dupla com Felipe no eixo central, Óliver posicionou-se no meio campo e no ataque uma dupla inédita a titular: Fernando Andrade e Adrián López.
O jogo, porém, não podia ter começado de melhor forma para os dragões, que aos 11 minutos colocaram-se em vantagem. No seguimento de um livre cobrado por Óliver, houve alguma confusão na área do Tondela com ressaltos e a bola sobrou para Pepe, que não perdoou e bateu Cláudio Ramos. O central luso-brasileiro voltou a marcar no campeonato português, depois de o ter feito pela última vez em abril de 2007... num clássico frente ao Benfica, no Estádio da Luz.
As rápidas transições para o ataque do FC Porto foram uma constante na primeira parte, com Corona em destaque no lado esquerdo a dar água pela barba aos defesas do Tondela e Óliver a tentar servir os avançados com cruzamentos milimétricos. A equipa de Pepa sentia muitas dificuldades em assentar o jogo e em conseguir sair a jogar com a bola controlada para o meio-campo dos dragões.
Aos 26', Óliver fez uma assistência brilhante para Adrián López, mas o avançado espanhol cabeceou ao lado, naquela que foi uma das melhores oportunidades dos dragões na primeira parte. O lance mais perigoso do Tondela, que acordou depois dos 30 minutos, foi protagonizado por Tomané, que aos 36' chutou à figura de Casillas, no segundo remate enquadrado dos tondelenses com a baliza do FC Porto no primeiro tempo.
A segunda parte começou com o Tondela a exercer uma pressão mais alta no campo. Mas tal como no primeiro tempo, o FC Porto marcou cedo. Aos 53 minutos, Óliver Torres rematou de primeira à entrada da área com a bola a bater com estrondo poste e a entrar. Um golaço do médio espanhol, o primeiro esta temporada - não marcava desde março de 2017.
A história do jogo estava definida. Ainda houve tempo para a entrada de Brahimi, aos 70', para o lugar do apagado Fernando Andrade. E também de Maxi Pereira para ocupar a vaga de Manafá (mais uma boa exibição, sobretudo na forma como ataca pelo corredor direito). E ainda para o terceiro golo do FC Porto, da autoria de Herrera, a passe de Brahimi, aos 73', que saiu logo a seguir já que um amarelo podia tirá-lo do clássico com o Benfica que se realiza na noite de 2 de março.
Numa noite de muitas mudanças na equipa de Sérgio Conceição e em que os avançados não brilharam, o destaque vai para o médio espanhol. Pela importância que teve no meio campo, pelos passes a cruzamentos teleguiados que executou e, sobretudo, pelo grande golo que apontou. Esteve na origem do primeiro golo, na cobrança de um livre, e na primeira parte fez ainda duas assistências primorosas, a que Adrián Lopez e Fernando Andrade não conseguiram dar o melhor seguimento. Depois, aos 53', o momento da noite, com um grande tiro num remate de primeira de longe que bateu no poste e entrou.
Jogo no Estádio João Cardoso, em Tondela.
Tondela-FC Porto, 0-3.
Ao intervalo: 0-1.
Marcador: 0-1, Pepe, 11 minutos; 0-2, Óliver Torres, 52 e 0-3, Herrera, 74.
Tondela: Cláudio Ramos, Joãozinho, Ricardo Alves, Ricardo Costa, Moufi, Jaquité (João Pedro, 42), Bruno Monteiro, Sergio Peña, Juan Delgado (Murillo, 68), Tomané e Xavier (Pité, 59).
Treinador: Pepa.
FC Porto: Casillas, Manafá (Maxi, 68), Felipe, Pepe, Alex Telles, Óliver Torres, Herrera (André Pereira, 75), Otávio, Jesús Corona, Adrián Lopez e Fernando Andrade (Brahimi, 70).
Treinador: Sérgio Conceição.
Árbitro: Luís Godinho (AF Évora).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Ricardo Alves (19) e Pepe (72).
Assistência: 3.963 espetadores.