Sérgio Conceição: "Até ao final da época não vou falar mais da arbitragem"
Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, ficou alguns minutos após o final da partida a falar com o árbitro Jorge Sousa, provavelmente devido a um lance já perto do final entre Halliche e Fernando Almeida que os portistas reclamaram penálti.
Questionado sobre o trabalho da equipa de arbitragem, o técnico acabou por não responder: "Até ao final da época não vou falar mais da arbitragem, no Porto Canal há um expert para falar de arbitragem. Só tenho a dizer que a minha agenda é o FC Porto, e por baixo tenho o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa", limitou-se a dizer.
Sobre o facto de os dragões terem somado o segundo jogo sem vencer, Sérgio Conceição lembrou as oportunidades criadas para sua equipa: "Olhando à quantidade de ocasiões, acho que ganhávamos os dois jogos de forma tranquila, independentemente do bom trabalho das duas equipas que defrontámos, o V. Guimarães e o Moreirense. Tivemos um volume ofensivo grande, tivemos situações para definir de forma diferente. Na segunda parte, depois do empate, já a acabar, também tivemos ocasiões."
Sobre o facto de a equipa poder estar a sentir a falta de Marega, o técnico garantiu que nada tem a ver com isso: "Tivemos uma dinâmica muito interessante, tivemos o Óliver Torres e o Herrera em posição diferentes. A equipa consegue dar respostas sem um jogador. Atacámos à pressa, e por atacar à pressa por vezes a equipa desequilibra-se. Sabíamos que as bolas paradas, num campo como este, seriam importantes."
Por sua vez, Ivo Vieira assumiu a frustração por sofrer o empate já em período de compensação. "O que nós fizemos foi fantástico. Os jogadores foram fabulosos, consistentes. O golo do FC Porto no fim faz saber o empate a pouco, mas é o campeão em título, vai na frente, tem jogadores potentes e fortes no jogo aéreo. Sofrer naquela altura foi frustrante. Mas os meus jogadores cumpriram quase na íntegra o que queríamos e o empate traz justiça ao que as equipas fizeram", sublinhou o treinador do Moreirense.
"Senti que somos capazes de fazer mais. Podíamos ter sido mais fortes no final, mas o FC Porto foi premiado pelo volume de jogo ofensivo que teve", acrescentou, lembrando que "os resultados defendem-se a atacar a baliza contrária". "Fizemos uma primeira parte com más tomadas de decisão no passe, melhorámos na segunda e sentimos que o jogo podia cair para nós. Acabámos por sofrer o golo em que devíamos ter encurtado o espaço ao portador da bola, mas baixámos a linha defensiva", concluiu.