Mourinho pediu um Sporting mais forte, elogiou João Félix e falou de Messi

Treinador português abordou vários assuntos numa entrevista à agência espanhola EFE. Disse que se tornou melhor treinador por causa de Messi e pediu o ressurgimento do Sporting para tornar a liga portuguesa mais competitiva.
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José Mourinho concedeu esta sexta-feira uma extensa entrevista à agência espanhola EFE, na qual aborda vários temas do futebol atual que estão na ordem do dia. Entre opiniões e comentários, o técnico que atualmente se encontra sem clube conta porque Lionel Messi contribuiu para ser um melhor treinador, aborda o peso que João Félix carrega sobre os ombros devido ao elevado custo da sua transferência e ainda do Sporting e da necessidade de haver rivalidades intensas.

Sobre Messi

"Em termos pessoas digo sempre que devo tanto aos que foram meus jogadores como aos que não foram e me criaram problemas. Por exemplo, Messi nunca jogou numa equipa treinada por mim, mas defrontei-o e fez de mim um melhor treinador por ser obrigado a preparar os jogos contra ele, por ter de organizar a minha equipa. Quando falo do Messi refiro-me também aos grandes jogadores que defrontei."

Sobre o Sporting

"No meu país tivemos a etapa do Benfica, depois do FC Porto e outra vez do Benfica. E dizemos sempre que queremos o período do Sporting; necessitamos também do Sporting e de mais competição. As pessoas dizem que a liga inglesa é a melhor do mundo e talvez tenha as melhores equipas do mundo, mas vê-se que existe uma competitividade muito grande. Nós precisamos dessas rivalidades intensas, quem sabe mais adaptadas ao que é a sociedade de hoje em dia. Temos que evoluir na forma como vivemos estas rivalidades, mas necessitamos delas."

Sobre João Félix

"O Atlético de Madrid já não é uma equipa emergente. É uma clube que na última década ganhou um campeonato espanhol, duas taças, Ligas Europa e chegou a finais da Champions. Para mim atualmente são um candidato muito forte a vencer a liga espanhola. Quando me falam de João Félix, é difícil as pessoas olharem para ele e esqueçam o preço que custou, é algo que ele vai ter de carregar sobre os ombros até passar algum tempo até que estes valores comecem a ser normais, porque penso que daqui a um alguém pagará 300 milhões por um jogador e as pessoas vão esquecer-se do preço do João Félix. Sem o conhecer, parece-me que tem estrutura para carregar com este peso mediático e com a pressão. Tem qualidades fantásticas."

Sobre o Real Madrid

"Não vou nem entro em Madrid porque não gosto que as pessoas possam interpretar isso de um modo negativo. Gostava de ir mais vezes a Madrid, ir assistir a jogos ao estádio, mas não o faço. E não o faço para me proteger de situações que não quero alimentar. Ter as portas abertas no clube? Senti isso no momento em que deixei o clube. Senti no Real Madrid, no Chelsea, no Inter, em todos os clubes onde passei. Fiquei amigo dos meus presidentes, inclusivamente do que me despediram. Não tenho problemas em admitir que depois de três anos no Real Madrid és madridista. Há coisas que não mudam. Em Itália sou interista. Não vejo outra forma de olhar o futebol que não seja assim. Mas sempre profissional. Se tiver de jogar contra o Inter ou o Chelsea, como já aconteceu comigo, serei sempre profissional

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