Jorge Jesus: "Nunca deixarei o Flamengo por causa da violência no Rio"
Jorge Jesus desmentiu em entrevista ao programa Esporte Espetacular, na TV Globo, as notícias que davam conta da sua decisão de deixar o Flamengo no início de 2020 por causa da violência no Rio de Janeiro, nomeadamente os assaltos.
"Não quero falar de coisas que não vejo, mas dizem-me para não andar com relógio ou com fios. Mas não quero falar sobre isso porque me sinto normal, sinto-me muito bem. Aquilo que se diz é que lá fora é o fim do mundo. Se um dia tiver de sair do Flamengo, nunca será por causa da violência na cidade. Nunca! Esses problemas, se existem, estarei lá para os combater", assumiu o treinador, numa entrevista que irá para o ar este domingo na TV Globo.
O treinador português garante que se tem "adaptado bem" ao Rio de Janeiro. "A minha vida é entre o centro de treinos e a minha casa. À noite vou jantar e de seguida vou para casa. Em Portugal, nas horas de lazer, encontrava-me com os meus amigos. Aqui é tudo muito longe. Por vezes ando uma hora, uma hora e meia de carro, em Portugal para andar uma hora e meia de carro chego a Coimbra, que é no centro do país. Tudo é diferente", acrescentou.
Jorge Jesus admitiu ter acompanhado pelos noticiários o sequestro do autocarro na ponte Rio de Janeiro-Niterói, mas reforçou a ideia de que esses acontecimentos nunca ditarão as suas decisões profissionais. "Sou capaz de sair por outras coisas, que têm a ver com a minha decisão como treinador. Quem trabalha comigo, sabe como eu sou. Eu decido. O clube não é meu, tem um presidente e uma administração que estão acima, mas na equipa sou eu que mando. Quando há qualquer coisa que não é como quero, vou-me embora", esclareceu o treinador, que tem contrato com o Flamengo até junho de 2020.