Direção do V. Guimarães demite-se e fala num "clube em clima de guerrilha"
A direção do Vitória apresentou esta segunda-feira a demissão e o presidente Júlio Mendes já anunciou que não se vai recandidatar. Os responsáveis do clube minhoto alegam que o clube se encontra dividido e criticam a postura dos sócios, que no último jogo em que a equipa assegurou um lugar europeu, insultaram alguns dirigentes, e que por isso não pretendem continuar a dirigir "um clube em clima de guerrilha".
"Um ano depois das eleições, o clube está dividido e num jogo que devia ser de festa (Moreira de Cónegos), com a qualificação para as competições europeias, houve insultos por parte dos sócios. (ndr: insultos dirigidos a Armando Marques, vice-presidente e administrador SAD). Nada mais nos prende ao Vitória do que a paixão, mas não podemos estar num clube em clima de guerrilha. Apresentamos, por isso, em conjunto a nossa renuncia aos cargos e fizemos um agendamento do processo eleitoral. Até lá vamos assegurar a preparação da nova época desportiva", afirmou Júlio Mendes, citado pelo jornal O Jogo.
De acordo com o jornal O Jogo, o presidente Júlio Mendes não pretende recandidatar-se ao cargo nas futuras eleições. "Os sócios querem manter o modelo atual da SAD, condenando-a à estagnação. Este modelo não oferece condições mínimas de investimento. O último investimento feito por acionistas na SAD foi há três anos. Aconteceu em julho de 2016", explicou ainda Júlio Mendes.
O agora presidente demissionário compareceu acompanhado pelos vice-presidentes Armando Marques, Hugo Freitas, Pedro Coelho Lima e Francisco Príncipe. Júlio Mendes cumpria o terceiro mandato na presidência do emblema de Guimarães, tendo sido reeleito há cerca de um ano.