Coeso na defesa, com Alexis Borges decisivo a conter o poderio físico adversário na zona central e o guarda-redes Humberto Gomes a fazer 11 defesas, Portugal foi também eficaz no ataque e esteve sempre na frente do marcador. Chegou aos oito golos de vantagem aos 53.10 minutos (30-22), gerindo depois a diferença..Paulo Pereira , selecionador de Portugal, classifica este como "o melhor jogo" desde que lidera a seleção: "Sempre sentimos que podíamos vencer. Foi o jogo da minha vida a que mais tempo dediquei. O mais importante foi conseguirmos que os atletas não hesitassem em nenhum momento. Andámos a hesitar nos últimos anos. Às vezes, hesitamos no remate ou na defesa. [Os jogadores] têm trabalhado muito bem nos clubes e este trabalho na seleção é apenas a 'ponta do iceberg'..Na mesma linha, o jogador Humberto Gomes disse que foi "um jogo especial, histórico. "Queria mandar os cumprimentos ao [guarda-redes] [Alfredo] Quintana, que é um dos elementos importantes deste grupo. Falámos entre nós que os jogadores franceses não são robôs. Têm duas pernas, dois braços e têm de provar que são melhores do que nós. Hoje, não conseguiram.".O selecionador da França, Didier Dinart, lembrou que Portugal tinha ganho os dois jogos anteriores [com Roménia e Lituânia]. "Agora estamos em mais dificuldades do que Portugal, porque se ganharmos em França ainda não estamos apurados e Portugal, se ganhar, está"..A Portugal falta um empate [para garantir o apuramento para o europeu de 2020..Segundo triunfo sobre os gauleses.Depois de ter alcançado o segundo triunfo da história sobre os gauleses - tinha-o conseguido em 1980 -, Portugal ascendeu à liderança do grupo 6, com seis pontos, e está próximo de marcar presença no torneio que vai decorrer na Áustria, Noruega e Suécia. Apuram-se os dois primeiros de cada grupo e os quatro melhorem terceiros classificados dos oito grupos..A equipa das 'quinas' marcou três golos sem resposta nos primeiros três minutos, optando por sucessivas trocas na zona central - Rui Silva e Tiago Rocha ajudavam a equipa a criar espaço no ataque e eram, depois, substituídos por Alexis Borges e Daymaro Salina, na hora de defender..Mesmo sem Nikola Karabatic, a formação gaulesa começou, aos poucos, a impor o seu poderio físico para 'tapar' os caminhos da baliza defendida por Vincent Gerard e acabou por empatar o desafio durante o oitavo minuto, num remate do pivô Ludovic Fabregas..Portugal, no entanto, encerrou um período de mais de sete minutos sem marcar aos 10.30 minutos, com um golo de Rui Silva (4-3) e, apesar de ter permitido ao adversário chegar algumas vezes ao empate, a partir daí, nunca o deixou passar para a dianteira..Depois de Romain Lagarde ter igualado o jogo a 12 golos aos 22.51 minutos, a equipa de Paulo Pereira descolou de vez no marcador, conseguindo um parcial de 5-1 até ao intervalo, com os principais goleadores da equipa em destaque - António Areia marcou seis golos nos 60 minutos e Gilberto Duarte cinco..Apesar de Luís Frade e de Alexis Borges terem sido excluídos por dois minutos no final da primeira parte, os portugueses mantiveram o 'fosso' para o adversário nos primeiros cinco minutos da segunda parte e até o dilataram, posteriormente..Apesar das várias alterações operadas na França pelo selecionador Didier Dinart, Portugal aguentou a reação francesa e alcançou pela primeira vez uma vantagem de oito golos 45.30 minutos, quando Tiago Rocha apontou o 26-18..No tempo que restou, a seleção francesa - campeã da europa em 2014 e campeã do mundo em 2015 e em 2017 - tentou inverter o resultado, sobretudo pela ação do lateral Nedim Remili (melhor marcador, com sete golos), mas a equipa das 'quinas' nunca permitiu que a desvantagem fosse menor do que seis golos.