CAN. Festejos da vitória da Argélia acabam em confrontos em França

Foram detidas 249 pessoas no domingo à noite na sequência de desacatos em várias cidades francesas durante as comemorações da classificação da Argélia para a final da CAN, a Taça das Nações Africanas de Futebol.
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Um total de 282 pessoas foram identificadas e 249 acabaram foram detidas no domingo à noite na sequência de desacatos em várias cidades francesas durante as comemorações da classificação da Argélia para a final da CAN, a Taça das Nações Africanas de Futebol, anunciou o Ministério do Interior francês.

Em Paris, em particular, a situação nos arredores dos Campos Elísios foi bastante tensa, com intervenções da polícia para dispersar a multidão de adeptos argelinos que se juntaram para comemorar a vitória de 2-1 sobre a Nigéria no domingo à noite na partida realizada no Estádio Internacional do Cairo. Depois de cenas de alegria, a situação deteriorou-se, com adeptos a lançarem petardos e projéteis contra polícias, que foram mobilizados em grande número diante de possíveis incidentes. A polícia usou gás lacrimogéneo. Os jovens também atingiram motociclos e vedações.

Na última quinta-feira, os festejos dos adeptos que celebraram a vitória da Argélia nos quartos-de-final já tinham sido marcados por incidentes, com 73 pessoas detidas. A alegria transformou-se em drama em Montpellier. Um adepto perdeu o controlo do veículo que dirigia e atropelou uma família, tendo morto uma mulher e deixado o seu bebé em estado grave.

"O futebol não é isto. O futebol não é atacar as forças da ordem. O futebol não é atacar montras de lojas. Isto é totalmente inaceitável", reagiu na altura o ministro do Interior, Christophe Castaner, que prometera meios redobrados para o jogo de domingo.

"Aqueles que fizeram isso basicamente desprezam os valores do desporto, os valores do futebol, mas também o país cuja vitória celebraram neste jogo", disse o ministro. Já na segunda-feira de manhã, Castaner saudou as forças de segurança e os bombeiros pelo seu "profissionalismo que tornaram possível conter a violência e prender os seus perpetradores".

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