Bruno Fernandes e o papel de capitão: "Há colegas que não têm noção do clube que representam"

O médio do Sporting revelou em entrevista à UEFA que procura transmitir aos seus companheiros a história do Sporting.
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Bruno Fernandes deu uma entrevista à UEFA onde afirma ser "um orgulho enorme" ser capitão do Sporting, explicando que o papel que desempenha na equipa vai muito mais além de usar a braçadeira. "Eu sou português e tenho noção da história do clube. Tento transmitir isso aos meus colegas, pois muitas vezes não têm noção do clube que representam, um clube como o Sporting. É verdade, está há 18 anos sem ganhar o campeonato, mas a pressão tem de estar cá", assumiu.

O médio considera que essa pressão "é positiva". "As pessoas acreditam em mim, os meus companheiros de equipa têm confiança em mim e acreditam que eu posso fazer algo diferente durante o jogo - e eu tenho de transformar essa pressão num fator bom para que possa dar o melhor de mim de maneira a ajudar a equipa", acrescentou.

Sobre o facto de marcar tantos golos, Bruno Fernandes diz que não saber dizer qual é o segredo. "No ano passado tive a felicidade de fazer muitos golos, de bater um recorde. No ano anterior já tinha feito uma marca muito boa para um médio, 16 golos são bastantes... A ideia de jogo dos treinadores fez com que a minha veia goleadora e o meu trabalho ofensivo fosse feito mais perto da área e isso fez com que marcasse mais golos", esclarece, admitindo que fez as suas "duas melhores épocas". "Agora tenho de confirmar tudo aquilo que de bom tenho vindo a fazer e melhorar. O meu registo de 32 golos é muito difícil de superar, tenho consciência disso, mas acredito que consigo fazer mais. Na época passada fiz menos assistências do que na anterior e quero melhorar esse número. Tenho também de melhorar o meu foco e a minha concentração no jogo", sublinhou.

No que diz respeito a ídolos, o internacional português revela que "desde muito cedo" começou a gostar de Ronaldinho Gaúcho "por ser um jogador diferente e por trazer uma alegria diferente ao futebol". "Na minha posição seguia vários: Pirlo, Iniesta, Xavi, Zidane... Mais tarde, também pela dedicação e pelo trabalho, pelos sacrifícios que teve de passar, e pelas conquistas, o Cristiano Ronaldo foi sempre uma referência - e continua a ser", revelou, admitindo que "para se ser um grande jogador, é preciso muito sacrifício, muito trabalho e muita dedicação".

Bruno Fernandes falou ainda das expectativas do Sporting na Liga Europa, assumindo que "tem todas as capacidades para passar" aos 16 avos-de-final. "As nossas ambições passam por passar o grupo, se possível em primeiro, e depois pensarmos jogo a jogo vendo também o que sairá no sorteio", disse, respondendo de forma racional quando questionado sobre a possibilidade de conquistar a Liga Europa: "Prefiro não pensar nisso já e sim passo a passo. Obviamente seria muito gratificante, para mim e para os meus companheiros, deixar uma marca no clube como a conquista da Liga Europa."

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