Desportos
09 maio 2019 às 17h35

As seis reviravoltas que fizeram história nesta Champions

Tottenham e Liverpool protagonizaram reviravoltas épicas nas meias-finais e reforçaram uma característica desta edição da prova. FC Porto conseguiu uma nos oitavos de final, Ajax provou do próprio veneno nas meias

DN

Esta já é considerada uma das melhores edições da Liga dos Campeões e muita da culpa é das seis reviravoltas a que se assistiu na fase a eliminar, um recorde absoluto da competição. Nunca se tinha visto nada assim.

Quatro destas reviravoltas aconteceram nos oitavos de final, uma delas com o FC Porto como protagonista. Depois de ter perdido por 2-1 em Roma, num jogo em que a Roma chegou a estar a vencer por 2-0, os azuis e brancos deram a volta no Dragão, na única eliminatória (em 14) que foi decidida no prolongamento. No Dragão, um penálti de Alex Telles aos 117 minutos deu uma vitória por 3-1 aos azuis e brancos.

Na mesma ronda, o mundo rendeu-se uma vez mais a Cristiano Ronaldo, que apontou um hat trick no triunfo da Juventus por 3-0 sobre o Atlético Madrid. Na primeira mão, na capital espanhola, os transalpinos tinham sido derrotados por 2-0.

Ainda nos oitavos, o Ajax silenciou o Santiago Bernabéu com uma goleada por 4-1 depois de o tricampeão europeu Real Madrid ter vencido em Amesterdão por 2-1 e um desfalcado Manchester United foi a Paris vencer por 3-1 depois de ter sido derrotado em Old Trafford pelo Paris Saint-Germain por 0-2.

Talvez por as equipas estarem avisadas, não houve reviravoltas nos quartos-de-final, embora a Juventus tenha entrado em vantagem na segunda mão com o Ajax, depois de ter empatado a um golo na capital holandesa, e saído eliminado devido a uma derrota em casa (1-2).

Depois disso, houve magia nas meias-finais. O Barcelona já estaria certamente a pensar na logística da final de Madrid depois de ter vencido o Liverpool por 3-0, mas saiu vergado de Anfield ante uns reds privados das estrelas Mohamed Salah e Roberto Firmino (0-4). E o Ajax, que tinha vencido em Londres por 1-0 e que em Amesterdão foi para intervalo a vencer por 2-0, viu o sonho fugir-lhe devido a um hat trick de Lucas Moura, avançado brasileiro do Tottenham.

Finalistas nos oitavos por um fio

Os dois finalistas já tinham mostrado queda para as reviravoltas durante a fase de grupos, até porque ambos só passaram aos oitavos de final devido a critérios de desempate.

O Liverpool entrou para a última jornada fora da zona de apuramento e concluiu essa fase com nove pontos, os mesmos do Nápoles, que foi recambiado para a Liga Europa. Valeu aos reds o maior número de golos marcados (nove contra sete), uma vez que as duas equipas estavam empatadas no confronto direto (1-0 no San Paolo e em Anfield) e na diferença entre golos marcados e sofridos (9-7 para os ingleses, 7-5 para os italianos).

O Tottenham, por sua vez, tinha apenas um ponto somado ao cabo dos três primeiros jogos e terminou a fase de grupos com oito, em igualdade com o Inter. Valeu aos spurs a vantagem no confronto direto, por culpa dos golos obtidos fora de portas, uma vez que perderam por 1-2 em Milão e venceram por 1-0 em Wembley. A título de curiosidade, a equipa de Mauricio Pochettino concluiu essa etapa da competição com um saldo de golos negativo (9-10).