A Europa é inglesa! Arsenal e Chelsea confirmam pleno nas finais da UEFA
A Europa é inglesa! Depois de Liverpool e Tottenham terem garantido presença na final da Liga dos Campeões, esta quinta-feira foi a vez de Arsenal e Chelsea conquistarem o direito a disputar o jogo decisivo da Liga Europa, que terá como palco Baku, no Azerbaijão, no próximo dia 29 de maio.
É a primeira vez na história que um país faz o pleno nas finais das competições da UEFA, confirmando assim o fim do domínio espanhol que nas últimas dez finais (cinco da Liga Europa e cinco da Champions) apenas não tinha vencido, precisamente em 2016/17 quando o Manchester United de José Mourinho conquistou a final da Liga Europa diante do Ajax.
A noite desta quinta-feira acabou por ser de glória para os clubes da Premier League, com o Arsenal a garantir novo triunfo diante do Valência, em Espanha, por 4-2, e a carimbar o passaporte para Baku. Mais complicada foi a tarefa do Chelsea, que precisou de um desempate por penáltis para afastar o Eintracht Frankfurt.
Mas vamos por partes. No Estádio Stamford Bridge, em Londres, o Chelsea entrava em campo com a vantagem do golo conseguido na Alemanha, no empate 1-1.
E quando aos 28 minutos, Loftus-Cheek abriu o marcador ficava a sensação de que era o princípio do fim do sonho do Eintracht Franakfurt, equipa com um percurso brilhante na prova no qual apenas tinha perdido um jogo, precisamente na Luz frente ao Benfica.
Só que no início da segunda parte, Gacinovic lançou Luka Jovic que, no frente a frente com o guarda-redes Kepa Arrizabalaga, não perdoou e fez o empate. Estava igualada a eliminatória e os alemães ganharam uma nova vida, face à aparente falta de frescura dos ingleses.
O Eintracht até poderia ter resolvido a eliminatória com dois lances do avançado Sebastien Haller, que David Luiz e Zappacosta salvaram em cima da linha de golo.
Com a igualdade a persistir teve de se recorrer a um desempate por penáltis. E aí o Chelsea apanhou um valente susto quando Azpilicueta permitiu a defesa do guarda-redes Kevin Trapp. Contudo, ao quatro penálti o defesa Martin Hinteregger, um dos melhores em campo, falhou e igualou o desempate.
Com um penálti por marcar para cada lado, eis que entrou em ação o português Gonçalo Paciência, que tinha entrado em campo aos 118 minutos. Só que o remate do avançado esbarrou nas mãos do guarda-redes do Chelsea, que tinha como último trunfo neste desempate a sua estrela Eden Hazard, que não perdoou e colocou os londrinos na final.
Esta é a segunda vez que o Chelsea atinge a final da Liga Europa, depois de em 2013 ter vencido, em Turim, o Benfica, por 2-1. E vai agora a Baku tentar o seu segundo troféu em outras tantas finais.
O Arsenal alcançou a sua segunda final da Liga Europa/Taça UEFA com uma vitória por 4-2 em Valência, depois de na primeira mão, em Londres, já ter vencido por 3-1.
Os espanhóis entraram em campo determinados em conseguir a chamada remontada na eliminatória e marcaram logo aos 11 minutos por Kevin Gameiro, que finalizou uma jogada de contra-ataque conduzido por Gonçalo Guedes e Rodrigo. Ficava a faltar um golo para o concretizar do sonho do Valência.
No entanto, pouco depois Aubameyang empatou o jogo e anulou a vantagem do golo fora dos espanhóis, que voltavam a precisar de dois golos, mas agora para empatar a eliminatória.
A equipa de Marcelino García Toral tinha de arriscar tudo na segunda parte, mas o Arsenal sentenciou logo a eliminatória aos 50 minutos, com um golo do francês Alexandre Lacazette. Era um balde de água fria para a equipa da casa, que ainda conseguiu empatar outra vez por Kevin Gameiro.
Contudo, aos poucos o ânimo foi diminuindo e o Arsenal aproveitou para confirmar o apuramento para a final de Baku, no Azerbaijão, com mais dois golos de Aubameyang, que fechou assim o seu hat-trick na partida.
No final a festa foi do Arsenal, treinado por Unai Emery, treinador espanhol que conquistou o direito de disputar a sua quarta final da Liga Europa. O técnico de 47 anos já tem três troféus da Liga Europa no seu currículo (2014, 2015 e 2016 com o Sevlha) e vai agora tentar o quarto título. Se o conseguir tornar-se-á no treinador com mais finais ganhas desta prova, superando o italiano Giovanni Trapattoni, vencedor em 1977 e 1993 com a Juventus e em 1991 com o Inter Milão.
O Arsenal procura conquistar este troféu pela primeira vez, depois de o ter perdido em 2000 numa final com o Galatasaray, no desempate por penáltis, após um empate 0-0.