Golos, recordes e milhões. Assim foram dois anos de Ronaldo na Juventus

Cristiano assinou pela Juventus a 10 de julho de 2018, numa transferência acordada por 117 milhões de euros. Dois anos depois, a estrela do internacional português continua a brilhar.
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Cristiano Ronaldo faz esta sexta-feira dois anos que assinou contrato com a Juventus, deixando para trás nove temporadas em que se tornou um autêntico rei no Real Madrid, clube que recebeu 117 milhões de euros. Na altura, com 33 anos, muitos duvidavam de que pudesse deixar uma marca tão forte noutro clube histórico como a Vecchia Signora e noutro dos principais campeonatos europeus.

A verdade é que, neste momento, Cristiano Ronaldo já está na história da Juve e cimentou ainda mais a sua marca no futebol mundial. Até ao momento em 82 jogos com a equipa de Turim marcou 58 golos, dos quais sete bis e dois hat tricks. Ou seja, assinou a folha de marcadores em mais de metade das partidas que disputou - só ficou em branco em 35 jogos.

Esta época leva 30 golos marcados em todas as competições e já superou em dois remates certeiros a marca da temporada transata. E a sete jornadas para terminar a Série A, está na luta pelo troféu de melhor marcador, uma vez que leva 26 golos na prova, menos três do que Ciro Immobile, da Lazio. Se conseguir bater o avançado italiano, Ronaldo torna-se no primeiro futebolista da história a ser o rei dos goleadores em três das cinco principais ligas do mundo, sendo que neste momento está empatado com o galês John Charles (Leeds United e Juventus) e o italiano Christian Vieri (Inter Milão e Atlético de Madrid) que conseguiram essa distinção em dois campeonatos.

Neste momento, já se pode orgulhar de ter sido o primeiro futebolista a sagrar-se campeão inglês (Manchester United), espanhol (Real Madrid) e italiano (Juventus), que faz dele o único na história do futebol.

Recordes na Vecchia Signora

Em duas épocas, Cristiano Ronaldo já fez algo que desde 1961 ninguém conseguia ao serviço da Juventus: marcar 25 golos em uma temporada apenas na Série A. CR7 já superou essa marca, uma vez que já leva 26, tendo ultrapassado Omar Sivori e igualado Giampiero Boniperti (1947-48). O recordista é Felice Borel, com 32 remates certeiros em 1933-34, e com sete jogos para o fim do campeonato, é caso para dizer que esta é uma marca seriamente ameaçada.

Além disso, pela primeira vez em 60 anos um jogador marcou pela Juventus nas primeiras dez jornadas, algo que tinha sido alcançado por John Charles. Mas há mais, esta época, ainda antes da paragem devido à pandemia, Ronaldo marcou em 11 jogos consecutivos no campeonato, tendo igualado um recorde que pertencia a Gabriel Batistuta (em 1994-95, pela Fiorentina) e Fabio Quagliarella (em 2018-19, pela Sampdoria). Ao serviço da Juventus era o francês David Trezeguet o recordista com nove partidas seguidas a faturar.

Esta época ainda persegue dois recordes absolutos de assinalável impacto mediático e que se prende com a Liga dos Campeões. É que se a Juventus erguer o troféu, na fase final que vai decorrer em agosto em Lisboa, Ronaldo pode igualar o holandês Clarence Seedorf como único jogador em conquistar o troféu por três clubes diferentes, ao mesmo tempo que igualará o espanhol Francisco Gento (Real Madrid) como recordista de vitórias na Champions, com seis troféus.

Marca que rende milhões

Mas o sucesso de Cristiano Ronaldo na Juventus também se mede a nível económico, pois tendo em conta os dados que existem relativos à primeira época no clube, a Juventus vendeu 1,315 milhões de camisolas com o nome e o número do internacional português, o que representou um encaixe bruto a rondar os 170 milhões de euros.

Nessa primeira temporada, as receitas de publicidade e patrocínios cresceram de 86,8 milhões de euros para 108,8 milhões em relação à época anterior à chegada de Ronaldo. Isto para já não falar no aumento do número de seguidores do clube, de 38 milhões e para os 423 milhões.

Estes são dados da época de 2018-19, mas é quase certo que, tendo em conta que a Juventus está à beira de voltar a sagrar-se campeã de Itália e que há uma Liga dos Campeões para concluir, o impacto de Ronaldo nas receitas do clube voltará a ser muito importante, ou não fosse ele, aos 35 anos, a principal estrela da equipa de Maurizio Sarri.

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