Festa do River acaba em confrontos e com polícias feridos
A festa começou em paz mas acabou da pior maneira, com confrontos, polícias feridos e vinte detidos. Foram pelo menos vinte mil os adeptos do River Plate que saíram este domingo para as ruas de Buenos Aires para comemorar a vitória da sua equipa na Taça Libertadores sobre o Boca Juniors (3-1). E se o jogo teve de ser mudado do palco programado, o estádio Antonio Vespucio Liberti, para o Santiago Bernabéu, em Madrid, nem por isso os fãs do River deixaram de fazer uma peregrinação sob chuva forte ao seu mítico e popularmente conhecido Monumental de Nuñez.
Mas noutro ponto da capital argentina, o famoso Obelisco, a polícia teve de dispersar os adeptos ao início da madrugada desta segunda-feira, depois de um grupo de pessoas se ter envolvido em escaramuças e ter atirado pedras contra os agentes de segurança.
Pouco faltava para as 22.00 deste domingo quando terminou aquela que foi a mais importante e ao mesmo tempo mais polémica final da Libertadores de todos os tempos. Os confrontos em Buenos Aires há duas semanas, que atingiram o autocarro do Boca e obrigaram a adiar a o jogo da segunda mão e mudar o palco da partido para Madrid, faziam temer episódios de violência depois do apito final. Mas o fair play demonstrado pelos jogadores antes da entrega da taça ao River Plate estendeu-se aos adeptos na capital argentina. Pelo menos até ao início da madrugada. Tudo, diz a polícia, por causa do álcool.
Por volta da meia noite em Buenos Aires - mais três horas em Portugal - a polícia usou gás e balas de borracha para acabar com o festejos na zona do Obelisco da Avenida 9 de Julho, depois de grupos de adeptos terem começado a agredir-se e a atirar pedras e objetos contra as forças de segurança e carros de exteriores dos canais de televisão. Segundo a agência EFE, cerca de 20 pessoas foram detidas, tendo sido libertadas depois, e três polícias ficaram feridos. A elevada ingestão de álcool terá estado na origem dos confrontos.
Até esse momento, as comemorações em Buenos Aires tinham decorrido de forma ordeira, com os habituais cânticos, bandeiras e adeptos empoleirados em automóveis. Isto apesar dos receios das autoridades, que tinham colocado uma cerca na zona do Obelisco, tradicional ponto de encontro de festejos e manifestações, com o objetivo de proteger as fachadas dos prédios. A operação de segurança ficou a cargo da Polícia da Cidade de Buenos Aires, em parceria com a Polícia Federal.