Estreia promissora. Portugal bate França e entra vencer no Europeu de andebol
Portugal entrou nesta sexta-feira com o pé direito no Europeu de andebol, que decorre na Noruega, ao vencer a França por 28-25 (ao intervalo vencia por 12-11). Uma vitória que abre boas perspetivas para o apuramento para a próxima fase, já que os gauleses são teoricamente a seleção mais poderosa do grupo D. A equipa orientada por Paulo Pereira volta a entrar em ação no domingo, contra a Bósnia. E na terça-feira defronta a anfitriã Noruega.
A seleção nacional, recorde-se, está de regresso a um Europeu da modalidade 14 anos depois da última presença. Esta é a sexta participação num Campeonato da Europa e o objetivo é superar a melhor classificação de sempre, obtida na Croácia em 2000 quando ficou no sétimo lugar.
No caminho rumo ao apuramento para o Europeu, Portugal já tinha batido a França, por 33-27, no Pavilhão Multiusos de Guimarães, em abril do ano passado. Mas tratando-se da fase final de um Campeonato da Europa, o triunfo desta sexta-feira tem ainda mais significado.
Portugal, que ao intervalo já vencia por 12-11, manteve o equilíbrio emocional numa partida com várias alternâncias no marcador e exclusões, colocando-se em boa posição para se apurar para a segunda fase no Grupo D, que integra ainda a anfitriã Noruega e a Bósnia-Herzegovina.
O guarda-redes Alfredo Quintana foi um dos pilares defensivos da seleção treinada por Paulo Pereira, no jogo disputado na cidade norueguesa de Trondheim, contribuindo para a pálida exibição da França, medalha de bronze no último Mundial e campeã europeia em 2006, 2010 e 2014.
Portugal, que apenas tinha vencido os franceses por uma vez, há menos de um ano, precisamente, na fase de qualificação para o Euro2020, contou também com o acerto do ponta esquerdo Diogo Branquinho, um dos melhores marcadores do encontro, com cinco golos.
O ponta direito Pedro Portela marcou o primeiro golo português na fase final de um Campeonato da Europa em 14 anos - tantos quantos a 'equipa das quinas' demorou para se voltar a qualificar -, já depois de a equipa nacional ter desperdiçado quatro ataques e consentido dois tentos aos franceses.
As exclusões sucessivas dos pivôs Daymaro Salina e Alexis Borges permitiram à França construir uma vantagem de três golos (6-3), mas Portugal reequilibrou as operações quando se encontrou em igualdade numérica e passou pela primeira vez para a liderança a sete minutos do intervalo, graças a um remate certeiro de Diogo Branquinho (10-9).
A equipa lusa inverteu por completo o cenário (12-9) com dois golos de André Gomes, numa altura em que Portugal concretizou cinco tentos sem resposta, e a França foi resgatada por Nicola Karabatic, que também marcou por duas vezes e fixou o resultado de 12-11 ao intervalo.
A entrada em cena de Melvyn Richardson foi nefasta para Portugal, com o lateral gaulês a marcar três golos na fase inicial da segunda parte, na qual a França se recolocou em vantagem, mas sempre pela margem mínima.
A seleção nacional aproveitou a exclusão por dois minutos de Michael Guigou para voltar a colocar-se em vantagem e até Quintana marcou, beneficiando do adiantamento do guarda-redes adversário (18-16), antes de defender um livre de sete metros.
A segunda exclusão de Aléxis Borges, aliada à opção de jogar 'sete contra seis', sem guarda-redes, permitiu aos franceses recuperarem três golos de desvantagem e empatarem 22-22, mas Ludovic Fabregas e Michael Guigou tiveram a mesma sorte e a equipa lusa aproveitou para sentenciar o encontro
Portugal, que disputa pela sexta vez um Europeu (no qual tem como melhor resultado o sétimo lugar alcançado em 2000, na Croácia), defronta a Bósnia-Herzegovina no domingo e encerra a participação na fase inicial da prova na terça-feira, frente à Noruega, sempre em Trondheim.
Marcaram pela seleção nacional: Alfredo Quintana (1), Pedro Portela (3), João Ferraz (4), Rui Silva (2), Alexis Borges (3), André Gomes (4) e Diogo Branquinho (5), Daymaro Salina (2), Luís Frade (1), Fábio Magalhães (2) e António Areia (1).