Como o coronavírus pode trazer o MotoGP de volta a Portugal
O início do mundial de MotoGP voltou a ser adiado e não há garantia de quando possa realmente começar. Isto porque depois de anulada a prova na Argentina, está agora previsto que a prova comece no dia 1 de maio... em Espanha, um dos países europeus mais afetados pelo coronavírus.
O cenário atual é negro e o calendário não ajuda, com corridas previstas para alguns dos países europeus mais afetados e com restrições de deslocação, como Espanha, França, Itália e Alemanha até 21 de junho.
O campeonato devia começar este fim de semana no Qatar, mas foi sendo adiado sucessivamente. Agora, depois de mais uma prova cancelada (EUA) a Federação Internacional de Motociclismo, presidida pelo português Jorge Viegas, já pensa num plano B... que inclui Portugal.
"Portimão é um circuito de reserva, assim como o Estoril no calendário de MotoGP. Em Portugal não há restrições de viagens", afirmou Jorge Viegas em entrevista à Rádio Catalunha, admitindo que é difícil tomar decisões definitivas face à rápida evolução da pandemia.
Portugal beneficia, para já, do fato de não haver restrições à livre circulação de pessoas e bens, o que facilita a logística das equipas. Afastado da elite do motociclismo de velocidade desde 2012, quando o autódromo do Estoril recebeu o último Grande Prémio de Portugal, há assim nova possibilidade de as pistas portuguesas voltarem a receber corridas do MotoGP.
O mundial de MotoGP, que conta com o português Miguel Oliveira, tem de realizar 13 corridas, no mínimo, para cumprir o contrato. Por isso a FIM e a Dorna, entidade que organiza o campeonato, já admitem, além de deslocalizar corridas, a possibilidade de realizar corridas à porta fechada, a exemplo do que vai acontecer com o GP de Fórmula 1 do Bahrein, ou fazer duas corridas no mesmo fim de semana.