O Sporting venceu o FC Porto por 2-0, em Alvalade, dispondo agora de 3 pontos de avanço sobre os dragões e 5 sobre o Benfica na I Liga. E a equipa de Rúben Amorim será líder isolada no final da 4.ª jornada, a não ser que o Famalicão ganhe este domingo, na deslocação ao terreno do V. Guimarães..Foi um triunfo indiscutível dos leões, superiores durante grande parte de um encontro em que Gyökeres “dinamitou” a defesa azul e branca e Geny Catamo confirmou-se como talismã em clássicos/dérbis em Alvalade: depois do bis ao Benfica na temporada passada, agora deu a “estocada” final no dragão..Rúben Amorim e Vítor Bruno não surpreenderam nos onzes iniciais, destacando-se o regresso de Hjulmand ao meio-campo dos lisboetas, no lugar de Daniel Bragança, depois de o sueco ter falhado as goleadas forasteiras infligida a Nacional e Farense. .O FC Porto entrou melhor na partida, tendo sido superior no primeiro quarto de hora, fruto de uma grande pressão ofensiva, com o Sporting a não conseguir sair a jogar. E aos 12’ os forasteiros estiveram perto do golo, na sequência de um remate de Vasco Sousa que passou perto do poste. .Um incrível falhanço de Trincão aos 17’, ao chutar contra Zé Pedro, quando tinha tudo para inaugurar o marcador, simbolizou a mudança de domínio da contenda. Desde esse momento e até ao intervalo, praticamente só deu Sporting, com os leões a desperdiçarem mais duas enormes ocasiões, por Trincão e Pedro Gonçalves e outra, não tão flagrante, da autoria de Gyokeres..Os melhores homens na equipa da casa eram Pedro Gonçalves e Gyökeres, com as suas habituais “tabelinhas” a deixarem a cabeça em água aos defesas portistas. Aos leões faltava no entanto um maior acerto dos alas Geovany Quenda e Geny Catamo, sendo de destacar a forma como Galeno, extremo de origem a alinhar como defesa esquerdo, conseguia controlar o jovem de 17 anos..Até ao descanso, o FC Porto só deu um ar da sua graça num remate de Galeno de fora da área, muito bem travado por Kovacevic e em cima do intervalo, os verdes e brancos reclamaram grande penalidade, numa possível placagem de Otávio a Gonçalo Inácio..No final dos primeiros 45 minutos, o resultado era lisonjeiro para os visitantes, que tiveram grande dificuldade em travar o “carrossel” de Trincão, Gyökeres e Pedro Gonçalves, com Hjulmand sempre a dar a cobertura necessária aos homens da frente para espalharem a sua magia..As duas equipas regressaram dos balneários sem substituições e continuou o festival de desperdício da equipa da casa, com Alan Varela a impedir o golo de Gyokeres em cima da linha de golo, numa jogada que começou numa grande jogada de Quenda pela direita, pela primeira vez a ganhar no duelo com Galeno. E a resposta portista surgiu com remate de Galeno de fora da área, para ótima defesa de Kovacevic, lance semelhante ao que ocorrera no primeiro tempo..A partir dos 60’ o FC Porto passou a assumir um pouco mais o controlo da situação, detendo mais posse de bola, fazendo lembrar a sua excelente entrada na partida..Entretanto, aos 69’, Vítor Bruno preparava-se para mexer, lançando Stephen Eustáquio e o estreante Samu, mas o “super homem” Gyökeres não deixou: correu desde o meio-campo e só foi travado em falta por Otávio na grande área portista. O sueco não perdoou e fez o 1-0, reforçando o estatuto de melhor marcador desta edição da I Liga, com 7 golos. E marcou pela quarta vez aos dragões, contra quem também já fez três assistências..Logo a seguir ao golo, Eustáquio e Samu acabaram mesmo por entrar, tendo-se ainda juntado João Mário e Gonçalo Borges, para as saídas de Martim Fernandes, Iván Jaime, Namaso e Vasco Sousa. O FC Porto reagiu bem ao golo, mas também continuava o “festival” Gyökeres, literalmente a dar cabo de toda a defesa portista, com a sua inesgotável força física e capacidade de segurar a bola. .Aos 80’ Rúben Amorim fez as primeiras substituições, com Debast e Matheus Reis a renderem Quenda e Quaresma, tendo Vítor Bruno respondido com a entrada de Fran Navarro para o lugar de Alan Varela, “atirando” completamente a equipa para a frente. .Já com Daniel Bragança no lugar de Hjulmand, o Sporting dispôs de muito espaço para o contra-ataque, em duas situações faltou-lhe melhor definição final nos lances, mas Geny Catamo acabou com as dúvidas, estabelecendo o 2-0 final.