A felicidade de Maria Tomé no momento de cortar a meta em quinto lugar.
A felicidade de Maria Tomé no momento de cortar a meta em quinto lugar.HUGO DELGADO/LUSA

Triatlo consegue um “maravilhoso” quinto lugar e o sexto diploma para Portugal

Vasco Vilaça, Melanie Santos, Ricardo Batista e Maria Tomé chegaram a ter as medalhas horizonte em Paris, mas esse é “um sonho” adiado para Los Angeles 2028. No atletismo, Irina Fernandes ficou em 9.º lugar no lançamento do disco.
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E vão seis diplomas para Portugal. A equipa mista de triatlo composta por Ricardo Batista, Melanie Santos, Vasco Vilaça e Maria Tomé alcançaram esta segunda-feira o quinto lugar da estafeta mista, numa prova ganha pela Alemanha, com os Estados Unidos a conquistarem a prata após cortarem a meta à frente da Grã Bretanha, após as dúvidas terem sido desfeitas no photo finish.

A missão portuguesa aproxima-se do recorde de 15 diplomas (atribuído a quem fica entre o terceiro e o oitavo lugar) alcançados em Tóquio 2020 e que foi definido como meta para Paris 2024 pelo Governo e pelo Comité Olímpico. Se o conseguir bem pode agradecer ao triatlo, que à sua conta contabiliza o quinto lugar de Vasco Vilaça e o sexto de Ricardo Batista na prova individual masculino. Além dos triatletas também Gabriel Albuquerque (5.º lugar) na ginástica de trampolins, Nélson Oliveira (7.º) na prova de contrarrelógio no ciclismo de estrada e Inês Batista (8.º) no tiro com arco conquistaram diplomas. Quanto a medalhas, apenas a judoca Patrícia Sampaio alcançou esse feito ao garantir o bronze.

Melanie Santos, de 29 anos, lembrou que a equipa portuguesa manteve “sempre o contacto com as medalhas” durante a prova, atribuindo ao nervosismo o facto de não ter sido alcançado esse sonho. Ainda assim, destacou a “prova incrível” que fizeram: “Estivemos todos no nosso melhor e o diploma olímpico na nossa estreia é incrível. Temos de estar orgulhosos”. 

Ricardo Batista, de 23 anos, que iniciou a prova e fez uma falsa partida que valeu uma penalização de 10 segundos, assumiu que “todos estiveram muito bem”, razão pela qual “não era possível pedir um melhor resultado”, embora tenha admitido que durante a competição chegou “a acreditar numa medalha”. Já Vasco Vilaça, de 24 anos, lembrou que os três diplomas alcançados pelo triatlo em Paris “é algo que poucos outros desportos conseguem fazer” e “mostra o potencial” desta modalidade “para o futuro”. O triatleta assumiu que deu “tudo o que tinha”, lamentando que na transição não tenha deixado “um bocadinho mais de espaço para a Maria Tomé sair com a atleta americana” para dessa forma lutar pela medalha “até ao final”. A portuguesa de 23 anos que finalizou o percurso e segurou o quinto lugar admitiu ter tido “uma grande responsabilidade”, mas lá foi dizendo que “foi maravilhoso” o lugar que alcançaram.

Este jovem quarteto apontou já ao Jogos de Los Angeles 2028, depois de uma excelente primeira participação. “Os sonhos vão continuar, nós não vamos deixar de sonhar. Tenho a certeza absoluta que em Los Angeles, esteja lá eu ou outra equipa, o triatlo português continuará a sonhar”, garantiu Vilaça, enquanto Ricardo Batista mostrou-se esperançado que em 2028 a equipa portuguesa de estafetas mista “vai melhorar a forma e por isso lutar por lugares melhores”. 

Vasco Vilaça voltou a lembrar que a medalha de prata de Vanessa Fernandes em Pequim 2008 inspirou a sua geração. “Vi depois da prova individual, que ela tinha deixado umas palavras de agradecimento e que também tinha ficado em lágrimas. Acho que isso mexe muito connosco também e é muito bonito, porque ela é o nosso ídolo, não é? É muito bonito ter esse apoio dela”, frisou.

Faltaram 19 centímetros a Irina

Irina Fernandes foi 9.ª classificada na prova do lançamento do  disco, com 61.19  metros, marca que não lhe permitiu fazer os três últimos ensaios da final para atribuição das medalhas e dos diplomas, ficando a 19 centímetros desse objetivo.

O dia no atletismo não foi brilhante, pois Lorène Bazolo falhou o apuramento para as meias-finais dos 200 metros, tendo sido quarta classificada da sua série, de nada valendo a sua melhor marca da época com 23.08 segundos. Eliminado foi ainda João Coelho na repescagem para as meias-finais dos 400 metros masculinos ao ser quinto na sua série. Já nas eliminatórias de 400 metros femininos, Cátia Azevedo foi última da sua série, pelo que irá esta terça-feira tentar a repescagem para as meias-finais.

O melhor lançamento de Irina Rodrigues foi a 61.19 metros... não chegou.
(EPA/CHRISTIAN BRUNA)

Portugal eliminado pelo Brasil

A equipa masculina de ténis mesa foi eliminada pelo Brasil nos oitavos de final do torneio olímpico, ao perder por 3-1. Marcos Freitas foi o único a vencer um jogo, levando a melhor sobre Teodoro Guilherme (3-0), tendo JoãoGeraldo perdido com Hugo Calderano (3-0) e  com Vítor Ishiy (3-1). No desafio de pares os brasileiros venceram a dupla composta por Freitas e Tiago Apolónia por 3-0.

Marcos Freitas foi um dos atletas que não conseguiu dar a volta aos brasileiros.
(HUGO DELGADO/LUSA)

Também infeliz foi Duarte Seabra no hipismo, pois falhou o apuramento para final dos saltos por obstáculos, ficando no 48.ºlugar, numa prova em que se apuravam os 30 melhores.

Finalmente, na vela o dia foi marcado pela falta de vento para a competição, pelo que apenas Mafalda Pires de Lima esteve em ação na Classe Kite, tendo completado a 5.ª regata (única do dia) em 15.º lugar, caindo assim para 14.º posto da geral.

Quanto a Eduardo Marques foi prejudicado pelo cancelamento das regatas 9 e 10, pelo que ficou fora da final, pois ficou em 11.º na classificação geral.

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