Rui Marques, o português na alta roda da Fórmula 1

Rui Marques, o português na alta roda da Fórmula 1

É diretor de corrida desde o final do ano passado. Prioridade é dar segurança aos pilotos.
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Natural de Lisboa, fanático pelo Sporting e membro da Federação Portuguesa de Automobilismo e Kart (FPAK), Rui Marques chegou ao Olímpo do automobilismo em novembro de 2024, quando foi designado para o cargo de Diretor de Corrida de F1.

Licenciado em Engenharia Mecânica, começou como comissário de pista no início da década de 90 e foi comissário técnico até chegar a diretor de corridas. Primeiro na F2, depois na F3 e agora na F1. Tinha sido adjunto de Eduardo Freitas - o outro português que ocupou o cargo em 2023 - nas 24 Horas de Le Mans, posto que também ocupou no WTCC e no WTCR.

“O Rui traz consigo uma vasta experiência, tendo já desempenhado funções de comissário de pista, controlador, comissário nacional e internacional, Diretor de Corrida Adjunto e Diretor de Corrida em vários campeonatos. Mais recentemente, ocupou o cargo de Diretor de Corrida de Fórmula 2 e Fórmula 3”, pode ler-se no comunicado da Federação Internacional do Automóvel (FIA).

E não se mostrou surpreendido com a promoção: “Não se trata de uma questão de se ser surpreendido. As coisas têm a sua evolução e a experiência que nós vamos tendo vai-nos trazendo também essas possibilidades.”

Assumiu o cargo no Grande Prémio de Las Vegas de 2024, que foi decisivo para determinar o campeão mundial. A primeira impressão foi muito positiva a avaliar pelo que disseram os pilotos, como Carlos Sainz Jr., que se referiu à direção da corrida como “uma das melhores” que teve em “muito tempo”.

Já Esteban Ocon revelou que Rui Marques quis ouvir os pilotos e fez mudanças muito boas na pista: “Pintou a entrada das boxes em duas cores diferentes, o que torna tudo claro para nós. E modificou a linha [dos limites de pista] na curva 4 em Las Vegas. Eram duas coisas que tínhamos pedido. Foi uma boa surpresa aquilo que foi feito.”

Desde que o australiano Michael Masi foi afastado do cargo, após o polémico GP de Abu Dhabi de 2021, que a FIA procura dar estabilidade ao cargo de diretor de corrida, aquele que é o responsável por garantir a segurança e a conformidade da competição, supervisionando todos os aspetos técnicos e desportivos de uma corrida, incluindo se estão reunidas condições para a realização das provas e as infrações cometidas pelos pilotos.

Rui Marques, privilegia a segurança acima de tudo. “A parte mais desafiadora do meu trabalho é a segurança. A segurança é sempre a maior preocupação, a segurança dos pilotos, dos stewards e de todos os envolvidos no automobilismo. Essa é a principal preocupação do nosso trabalho”, explicou o português de 52 anos numa entrevista ao site Grande Prémio.

isaura.almeida@dn.pt

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