Rüdiger espera vencer mas não quer que Keylor Navas o despeje de casa

O defesa alemão vive em Madrid na vivenda alugada pelo guarda-redes costa-riquenho. Esta quinta-feira defrontam-se em jogo decisivo do Mundial 2022.

A Alemanha joga esta quinta-feira, a partir da 19.00 horas, a continuidade no Mundial 2020. A equipa de Hansi Flick está obrigada a vencer a Costa Rica e esperar que o Japão não derrota a Espanha. Um cenário que não parece complicado, mas que poderá trazer problemas ao defesa Antonio Rüdiger porque do outro lado estará o seu... senhorio, a quem paga a renda de casa no luxuoso bairro La Finca desde que no verão trocou o Chelsea pelo Real Madrid.

O senhorio é... Keylor Navas, guarda-redes e capitão da Costa Rica, que ainda sonha com o apuramento, bastando para isso vencer os alemães, ficando também a torcer por uma ajuda espanhola. Esta relação imobiliária entre os dois jogadores foi tema na conferência de antevisão à partida, com Rüdiger a entrar na brincadeira. "Desde que eu tenha a renda em dia, não acredito que ele me despeje", gracejou o jogador de 29 anos, aproveitando desde logo para distribuir elogios ao agora guarda-redes do Paris Saint-Germain: "Keylor é um grande guarda-redes que na minha opinião ainda é um pouco subestimado."

Flick não vai demitir-se

Qualquer resultado que não seja uma vitória e o consequente apuramento é visto como um enorme fracasso, ainda para mais porque seria a segunda eliminação consecutiva na fase de grupos de um Campeonato do Mundo. O selecionador Hansi Flick nem quer ouvir falar de desilusões. "Sou um treinador que olha de forma positiva para o futuro", respondeu quando confrontado sobre a eventual repetição da eliminação de 2018.

Aliás, o treinador garante que a Mannschaft tem o destino nas suas mãos, afinal, mesmo que o Japão vença a Espanha, precisa de ganhar à Costa Rica por oito golos de diferença. "Seria muito presunçoso e muito desrespeitoso para com a Costa Rica se assumíssemos que vamos marcar oito golos. Já ficaremos felizes se vencermos o jogo", disparou Flick, procurando driblar algumas perguntas incómodas que lhe foram colocadas durante a antevisão da partida.

Uma dessas questões teve a ver com a sua continuidade se for eliminado na fase de grupos. "Da minha parte posso confirmar que continuarei a ser o selecionador", disse o treinador de 57 anos, lembrando que tem contrato até ao final do Euro 2024, que se vai realizar na Alemanha. Nesse sentido, garante que não sente qualquer pressão em relação à sua continuidade. "É claro que o apuramento não está inteiramente nas nossas mãos, mas o crescimento da equipa dão-me a certeza que estamos no bom caminho", frisou.

Na Costa Rica, além do sonho do apuramento, há alguma curiosidade no facto de, pela primeira vez na história dos Mundiais, a partida ser arbitrada por uma mulher, a francesa Stéphanie Frappart. O médio Celso Borges assumiu que é algo "fantástico", garantindo que os jogadores "vão colaborar" para que tudo corra pelo melhor. Já o selecionador Luis Fernando Suárez considerou que "é reflexo de tudo aquilo que as mulheres conquistaram".

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