Ronaldo marcou a 19 seleções do Mundial e a Suíça é a vítima preferida

CR7 é um terror para os helvéticos (cinco golos em três jogos) e amanhã há um novo duelo, desta vez com vista para os quartos-de-final do Mundial.


É apenas um dado estatístico, mas não deixa de ser curioso. A Suíça, adversária de Portugal no jogo de amanhã dos oitavos-de-final do Mundial (19.00, RTP1), é a maior vítima de Cristiano Ronaldo entre todas as 32 seleções que iniciaram a competição (marcou a 19). Nos três confrontos frente aos helvéticos, o capitão português marcou cinco golos. Um bom presságio para amanhã, num jogo onde é quase certa a sua presença a titular, apesar de todo o ruído e polémica gerado com a sua substituição diante da Coreia do Sul.

Ronaldo tem uma história feliz contra a Suíça e guarda sobretudo boas memórias de um jogo disputado em junho de 2009, nas meias-finais da Liga das Nações, disputado no Estádio do Dragão, que terminou com o triunfo de Portugal por 3-1, com um hat-trick de CR7.

Curiosamente, ficou em branco no primeiro confronto frente aos suíços, em outubro de 2017, na qualificação para o Mundial de 2018, numa partida em que Portugal venceu por 2-0, com golos de André Silva e um autogolo.

Na última vez que Portugal e Suíça se encontraram, no verão passado, também na Liga das Nações, CR7 voltou a ser um terror para os helvéticos, bisando na goleada por 4-0.

A segunda seleção presente no Campeonato do Mundo a quem Ronaldo marcou mais golos foi aos Países Baixos - quatro em seis jogos. Seguem-se depois um lote de três equipas com três golos sofridos pelo capitão português - Bélgica, Dinamarca e Espanha.

De entre as 32 seleções que iniciaram o Mundial, Ronaldo só não marcou a 12, sendo que cinco delas (Senegal, Japão, Tunísia, Austrália e Costa Rica) não as defrontou. As pedras no sapato são o Brasil e a Inglaterra, com quem Ronaldo já se cruzou em três ocasiões, mas nunca faturou.

As duas seleções que mais sofreram com Cristiano Ronaldo não se qualificaram para este Mundial: o Luxemburgo encaixou nove golos em 10 confrontos e a Suécia sete no mesmo número de jogos.

Só marcou na fase de grupos

Ronaldo procura o segundo golo neste Mundial (já marcou de grande penalidade ao Gana), de forma a conseguir igualar o recorde de Eusébio, com nove golos em Mundiais (refira-se que o Pantera Negra atingiu este número apenas na prova de 1966, enquanto CR7 já vai no quinto Campeonato do Mundo). E também igualar Messi, que no jogo com a Austrália chegou também aos nove.

Curiosamente, todos os golos de CR7 em Mundiais (2006, 2010, 2014 e 2018) foram apontados durante as fases de grupo, pelo que o capitão português ainda procura o primeiro em fases a eliminar. O primeiro golo em Mundiais aconteceu no Alemanha2006, quando então com 21 anos marcou na vitória por 2-0 sobre o Irão.

O avançado, que ultrapassou o iraniano Al Daei como o jogador com mais golos por uma seleção, contabiliza até ao momento 118 remates certeiros em 194 jogos. Como curiosidade, refira-se que os jogadores que mais contribuíram com assistências para este número impressionante foram Ricardo Quaresma (8), João Moutinho (7), Bernardo Silva (6) e Nani (6).

Destes 118 golos pela equipa das quinas, 64 foram de pé direito, 28 de cabeça e 26 de pé esquerdo. De penálti foram 17, de livre direto 10 e 91 de bola corrida.

Reclama 20M à Juventus

Atualmente sem clube, depois da rescisão por mútuo acordo com o Manchester United, Ronaldo foi ontem notícia em Itália. De acordo com jornal Gazzetta dello Sport, o avançado português reclama junto da Juventus o pagamento de quase 20 milhões de euros em salários.

Em causa, de acordo o jornal desportivo italiano, estão valores que lhe foram prometidos pelo clube e que não lhe terão sido pagos, na altura da paragem dos campeonatos, devido à pandemia de covid-19. Cristiano Ronaldo representou a Juventus entre 2018 e 2021, transferindo-se para a liga italiana após nove épocas no Real Madrid.

O emblema de Turim está a ser investigado por alegados acordos realizados com os jogadores que nunca deram entrada na Liga nem na federação, com as autoridades a suspeitarem que a Juventus realizou manobras para fugir ao pagamento de impostos. Na sequência deste escândalo, a direção da Juventus demitiu-se na semana passada.

nuno.fernandes@dn.pt

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