Resolver cedo e golear deixa Benfica mais tranquilo no topo

Em apenas dez minutos, a equipa de Schmidt acabou com as dúvidas graças a dois golaços de Neres e Grimaldo, frente a um Desp. Chaves que nunca conseguiu entrar no jogo, deixando FC Porto oito pontos
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A caminhada do Benfica rumo ao título que lhe foge há três épocas prossegue imparável. Este sábado, o Desp. Chaves, que até vencera em Alvalade e em Braga, foi atropelado (5-0) por mais uma excelente exibição da equipa de Roger Schmidt, que fechou a questão numa primeira parte de grande qualidade, na qual marcou por três vezes, duas delas logo nos dez minutos iniciais, graças a golões de Neres e Grimaldo. Com este triunfo, os encarnados aumentaram para oito pontos a vantagem sobre o FC Porto e, neste momento, ninguém parece capaz de travar o futebol alegre, descontraído e pressionante da equipa que já rendeu uma invencibilidade de 21 jogos.

Nem mesmo o apuramento já garantido na Liga dos Campeões e o eventual desgaste que a equipa sofreu na grande exibição protagonizada face à Juventus motivaram o técnico alemão a fazer muitas alterações naquele que tem sido o seu onze de gala. A única mudança foi mesmo a saída do Florentino Luís para Neres voltar à titularidade, com o norueguês Aursnes a recuar no terreno para junto de Enzo Fernández e João Mário a começar a partir da esquerda. Do lado flaviense, Vítor Campelos optou por não mexer na estrutura da equipa que goleou o Gil Vicente na última ronda, trocando apenas o lateral-esquerdo: Sandro Cruz, emprestado, cedeu a vaga a João Queirós.

Quando pisaram o relvado da Luz, os jogadores do Benfica já sabiam que os dragões tinham deixado dois pontos na deslocação aos Açores e que podiam alargar a vantagem sobre os grandes rivais para uma margem ainda mais confortável. E não fizeram a coisa por menos: aos dois minutos colocaram-se em vantagem, depois de terem conquistado dois cantos e António Silva ter ameaçado num toque de calcanhar que saiu ao lado. Coube a Neres a honra de abrir o marcador, depois de um lance individual culminado com um remate ao ângulo, daqueles de levantar o estádio.

A viver fase de grande pujança, com todos os jogadores a respirarem confiança por todos os poros, o Benfica não demorou a dilatar o marcador. Falta sobre Rafa bem perto da linha da grande área flaviense e Grimaldo a marcar de forma irrepreensível o respetivo livre direto. Em apenas dez minutos, o conjunto encarnado ficou absolutamente tranquilo.

O Benfica continuou, apesar da vantagem, a procurar mais golos, para ficar definitivamente descansado. Rafa Silva ameaçou num remate frontal que bateu na barreira defensiva dos transmontanos (21') e Gonçalo Ramos desperdiçou uma ocasião incrível, depois de mais um show de Neres na direita, com o cabeceamento a sair ao lado (29').

Os minutos seguintes mostraram, por fim, uma reação do Desp. Chaves. Não durou muito tempo, é certo, mas ainda assim os visitantes criaram três lances de perigo consecutivos: um bom remate de João Mendes foi defendido com segurança por Vlachodimos (33'); logo a seguir Héctor Hernández não aproveitou um lance em que ficou isolado frente ao guarda-redes grego, que teve o seu momento alto no jogo (34'); e, para finalizar, Jonny Arriba rematou sem nexo quando estava em boa posição (36').

Diz o velho ditado que quem não marca, sofre. E foi o que sucedeu ao Desp. Chaves assim que o Benfica voltou a acelerar um bocadinho. No minuto seguinte, um centro de Aursnes - que surgiu sem marcação no flanco direito - não foi desviado corretamente por Paulo Vítor. Gonçalo Ramos, desta feita, não perdoou e encostou para o terceiro, fechando aí qualquer discussão que ainda pudesse existir sobre o vencedor da partida.

Obviamente, a segunda parte foi bastante mais tranquila, apesar de Enzo Fernández ainda ter festejado depois de mais um pontapé indefensável - um fora de jogo do colega norueguês antes do cruzamento acabou por invalidar o momento. O Benfica foi aproveitando para fazer um treino competitivo e Schmidt para gerir o plantel, dando descanso a alguns dos titulares. Sempre que o Chaves ameaçava revoltar-se, a linha defensiva comandada por Otamendi (100º jogo de águia ao peito) punha ordem na casa. E, já perto do fim (81'), Enzo desforrou-se do golo anulado, oferecendo a Musa a hipótese de fechar o resultado, algo que o croata não desperdiçou. A mão cheia chegaria no último suspiro, com Rafa a cabecear para a baliza uma bola que ressaltou da trave após remate de Gilberto.

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