Portugal perde uma final e falha outra
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Portugal perde uma final e falha outra

Seleção feminina derrota pela Espanha (2-0), no mesmo dia em que a seleção masculina falhou o acesso à final do Mundial de hóquei em patins ao perder, no desempate por grande penalidades, com os espanhóis.
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A seleção feminina de hóquei em patins foi hoje incapaz de quebrar o enguiço em finais de Mundiais, ao perder uma vez mais com a Espanha no jogo decisivo, falhando o inédito título, em Novara, em Itália.

Portugal chegava à final, disputada no Pala Igor Gorgonzola, com um registo 100% vitorioso neste Mundial, incluindo um triunfo sobre a campeã em título Argentina na fase de grupos e, embora concedesse o favoritismo à seleção espanhola, o percurso em Novara permitia sonhar com o primeiro título de campeãs do mundo.

No entanto, a Espanha venceu de forma clara, pois foi quase sempre superior ao longo dos 50 minutos, e prolonga assim a 'malapata' da seleção feminina portuguesa, pela qual se assume cada vez mais como a maior responsável: em cinco finais perdidas por Portugal, esta foi a quarta consecutiva face à seleção espanhola.

O jogo não teve muita história, com a Espanha sempre a ameaçar mais a baliza de Portugal, que foi resistindo no primeiro tempo, acabando por ceder apenas já à beira do intervalo. A menos de minuto e meio do descanso, a Espanha quebrou a resistência lusa, com Sara Roces a transformar uma grande penalidade.

Se o golo à beira do intervalo já era um duro golpe para a seleção portuguesa, o pior surgiu logo no reinício da final, pois a segunda parte também começou praticamente com novo tento espanhol, desta feita por intermédio de Maria Sanjurjo, que, veio a revelar-se, sentenciou mesmo a partida. Até final, a Espanha geriu a vantagem, e a seleção lusa tentou sem êxito o golo que a relançasse na partida.

A seleção feminina deixa assim Novara com a medalha de prata, depois de um dia de duelos ibéricos que sorriu sempre a Espanha, já que imediatamente antes desta final, no mesmo rinque, a seleção masculina viu-se afastada da final de domingo ao perder com a sua congénere espanhola no desempate por grandes penalidades (1-2, após empate 5-5).

Assaltados, derrotados e destroçados lutam pelo 3.º lugar

Como se não bastasse o balneário da seleção nacional masculina ter sido assaltado minutos antes do início do encontro das meias-finais, Portugal falhou o acesso à final ao perder com a Espanha nas grandes penalidades (2-1), após o empate 5-5 num dos encontros mais emocionantes da prova. 

A seleção nacional desperdiçou uma vantagem de dois golos no tempo regulamentar e, na lotaria dos penáltis, a seleção nacional apenas transformou com êxito a primeira grande penalidade e perdeu assim a oportunidade de voltar a disputar o troféu com a Argentina, numa reedição das duas últimas finais (2019, quando conquistou o seu último título, e 2022, quando perdeu na Argentina).

A seleção procurava alcançar o seu 17.º título mundial e igualar a recordista Espanha, mas foi relegada para o jogo de atribuição do terceiro lugar, com a anfitriã Itália, que hoje foi derrotada pela Argentina.

"Estamos destroçados. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance e fizemos erros porque eles assim nos obrigaram. A sorte procura-se e cai para quem merece, não quer dizer que não merecêssemos. Tínhamos tudo preparado até este momento e a diferença é que a bola bate no ferro, no Girão e entra e outra bate no ferro, no Carles Grau e sai", disse o o selecionador nacional, apontando já ao jogo do terceiro e quarto lugar: "Os portugueses têm de estar orgulhosos do nosso trajeto, vamos fazer o luto e amanhã vamos estar de alma lavada para lutar por uma medalha."

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