Portugal e Coreia do Sul voltam a defrontar-se passados 20 anos. Historial é negativo
Único encontro entre ambas as seleções acabou com vitória coreana e ditou a eliminação de Portugal da prova, resultando na demissão do então selecionador e na entrada de Luiz Filipe Scolari.
Após 20 anos, Portugal e Coreia do Sul voltam a defrontar-se. É a segunda vez na história que ambas as seleções se encontram num jogo. E o histórico não é favorável há equipa nacional.
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Em 2002, a Coreia do Sul (então anfitriã do Mundial, juntamente com o Japão), superiorizou-se e venceu a equipa das Quinas por 1-0, ditando assim o afastamento de Portugal da prova, na primeira vez em que se realizou em território asiático.
Tal como há 20 anos, o jogo entre Portugal e Coreia do Sul (treinada por Paulo Bento, que não vai estar no banco depois de ter sido expulso na jornada anterior) acontece na última jornada da fase de grupos. Mas a conjuntura é diferente de então: em 2002, à entrada para a última jornada do grupo D Portugal disputava o apuramento com os Estados Unidos.
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A formação então comandada por António Oliveira, e que tinha a sua base na chamada "geração de ouro" - com nomes como os de Luís Figo, Rui Costa, Fernando Couto, Jorge Costa, Vítor Baía ou João Vieira Pinto, reforçados com Sérgio Conceição, Pauleta ou o próprio Paulo Bento -, vinha de derrota com os Estados Unidos (2-3) e uma goleada à Polónia (4-0), precisando de vencer ou de empatar e esperar que a Polónia, já eliminada, batesse os norte-americanos.
A 14 de junho de 2002, tudo se conjugava para que tal cenário se consumasse, uma vez que, aos cinco minutos, a Polónia já vencia por 2-0 os Estados Unidos, em Daejeon, só que tudo se começou a desmoronar ainda antes da meia hora, quando João Vieira Pinto foi expulso com cartão vermelho direto, deixando a equipa das quinas com menos um elemento.
O nulo (0-0) que se registava ao intervalo em Incheon ainda alimentava as esperanças lusas, que sofreram novo golpe com a expulsão de Beto e terminaram, pouco depois, com o único golo do encontro, assinado por Park Ji-Sung (1-0), que, assim, garantiu o triunfo e a qualificação dos asiáticos, a par dos Estados Unidos.
Considerado como um dos favoritos a lutar pelo título mundial, face aos valores futebolísticos de que dispunha, Portugal despediu-se da competição sem honra nem glória e a consequência direta foi uma profunda remodelação na formação lusa, desde logo com a saída de António Oliveira do comando e a entrada do brasileiro Luiz Felipe Scolari.
Esse encontro com os sul-coreanos originou ainda o fim da carreira de alguns jogadores na seleção nacional, como Jorge Costa, Paulo Sousa, Abel Xavier, Paulo Bento, Pedro Barbosa ou João Vieira Pinto, sendo que este último, que agora exerce o cargo de diretor da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), foi suspenso pela FIFA por seis meses - a pena seria reduzida para quatro - na sequência da agressão ao árbitro argentino Ángel Sánchez, aquando da expulsão.