Os casos que levam 12 clubes a temer o Canelas
Agressões em campo, violência nas bancadas, ameaças aos treinadores. São estas as queixas que levaram 12 clubes da 1 da Divisão de Elite a decidir não comparecer aos jogos com o Canelas 2010, de Gaia, equipa em que alinham alguns elementos da claque dos Super Dragões, entre eles Fernando Madureira, conhecido como Macaco.
No Youtube, há vários vídeos que demonstram algumas das situações de que os adversários do Canelas se queixam.
O problema já não é novo. Na época passada, muitos presidentes dos clubes adversários do canelas falaram ao jornal Record do "clima de terror e intimidação" que se sentia nos jogos, tanto em campo como fora dele.
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Três equipas recusaram-se jogar contra o Canelas e 90% dos árbitros mostraram-se indisponíveis para apitar jogos do clube dos Super Dragões.
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Após o jogo de dia 2 em Pedrouços, marcado por vários casos, o treinador desta equipa atacou árbitros e delegados da Associação de Futebol do Porto. Jorge Ramalho afirmou à Minuto 90 TV que não poderia continuar a compactuar com a situação.
"Não culpo os jogadores do Canelas, porque se estivesse no lugar deles fazia exatamente o mesmo. Culpo estes árbitros, que não têm tomates - é mesmo assim que se tem de dizer, não têm tomates. Culpo os delegados da AF Porto, que assistem a tudo a que uma pessoa sente lá dentro por parte do adversário e nada fazem. É incrível aquilo que se passou", afirmou Jorge Ramalho.
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O técnico lembrou ainda que já arbitrou jogos e que compreende os árbitros. "Sei que os árbitros têm família e compreendo a situação deles. Mas se não conseguem fazer [jogos do] Canelas, cheguem à Associação e vetem o Canelas", disse, lembrando que ele próprio chegou a recusar-se a apitar jogos do Sobrado.
Em resposta, o treinador do Canelas, Milton Ribeiro, garantiu que o clube iria continuar a jogar da mesma forma. "Não venham cá com histórias ou com tangas", disse à Minuto 90 TV defendendo que os bons resultados se devem a trabalho. "Quando quiserem, vão ver os treinos do Canelas. Não temos nenhum ringue no meio do campo, aquilo que trabalhamos é futebol e depois chegamos aqui e queremos ganhar", acrescentou.
O treinador do Canelas defendeu ainda que o confronto faz parte do futebol. "Quem não quer confronto, não vem para o futebol, vai para a natação", disse.
No fim de semana seguinte, quando o Canelas foi ao estádio do Candal - um dérbi gaiense, portanto - a segurança foi reforçada, com os adeptos a serem revistados à entrada de forma mais minuciosa.
Dias depois da vitória contra o Candal, o presidente do clube usou o Facebook para elogiar "a qualidade e o empenho" dos jogadores. Mas Bruno Canastro também se mostrou disponível para, "em conjunto com a AFP e os clubes, encontrar "soluções para eventuais contratempos ou dificuldades".
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