Até ao final do mês está aberta a janela do mercado de transferências em Portugal, uma oportunidade para os clubes reforçarem os respetivos plantéis, mas também um período onde podem acontecer bons negócios e arranjarem-se soluções, muitas vezes a título de empréstimo, para futebolistas com poucas oportunidades e que precisem de rodar..Por norma não é um mercado muito agitado com grandes movimentações ou se gaste muito dinheiro, mas há exceções. .Foi na janela de inverno, por exemplo, que o Benfica fez a segunda maior venda da sua história (só suplantada por João Félix), quando o médio argentino Enzo Fernández rumou ao Chelsea por 121 milhões de euros, em janeiro de 2023..Foi também durante o mês de janeiro que o Sporting realizou o maior encaixe de sempre com a saída de um futebolista. Falamos de Bruno Fernandes, que se transferiu para o Manchester United por 65 milhões de euros em 2020..O FC Porto também tem boas memórias de um mercado de transferências de janeiro, pois em 2022 vendeu o internacional colombiano Luis Díaz ao Liverpool por 52 milhões de euros, o segundo maior negócio dos dragões a seguir à transferência de Otávio para a Arábia Saudita..Mas a janela de transferências de janeiro não se faz apenas de vendas, é também uma oportunidade para os clubes reforçarem os plantéis. E também aqui os três grandes de Portugal já investiram somas consideráveis. Na época passada, o Benfica contratou Marcos Leonardo ao Santos, do Brasil, por 18 milhões de euros. O avançado brasileiro ficou apenas seis meses na Luz, acabando por ser vendido no verão aos sauditas do Al Hilal, de Jorge Jesus, por 40 milhões de euros..O reforço mais caro do Benfica em mercados de inverno, porém, foi o médio alemão Julien Weigl, que obrigou a um investimento de 20 milhões de euros em janeiro de 2020..A mais cara contratação feita pelo Sporting em janeiro foi um avançado nacional, Paulinho, então jogador do Sp. Braga. O negócio só foi confirmado perto do encerramento do mercado, a 31 de janeiro de 2021, com os leões a pagarem 16 milhões de euros por 70% do passe (na realidade foram 13 milhões, mais o passe de Borja, avaliado em três milhões)..Já o FC Porto, mesmo não nadando em dinheiro, fez o maior investimento em transferências no inverno na época passada, ainda sob a gerência de Pinto da Costa, contratando o central brasileiro Otávio ao Famalicão por 12 milhões de euros..António Silva e Gyökeres cobiçados.Para este mês de janeiro não se perspetivam muitas mexidas a nível dos três grandes. Mas de qualquer forma o FC Porto já abriu o mercado, com a transferência de Fran Navarro para o Sp. Braga. Um empréstimo que rendeu para já 300 mil euros, mas com uma cláusula de compra no final da época de três milhões de euros..No Benfica têm surgido notícias sobre o interesse da Juventus no central António Silva, que numa primeira fase passaria por um empréstimo até ao final da época. Mas a SAD não parece muito virada para este modelo de negócio. O alemão Beste também sido alvo de sondagens de clubes germânicos, caso do RB Leipzig e do Estugarda..Em Alvalade há sempre o risco de algum grande tubarão europeu bater a cláusula de rescisão de Viktor Gyökeres, no valor de 100 milhões de euros. E ontem, em Inglaterra, surgiram notícias a dar conta que Ruben Amorim pediu já o avançado nórdico..Mas uma coisa é certa: Frederico Varandas, Rui Costa e André Villas-Boas já garantiram que pretendem manter os melhores jogadores, pelo que saídas só mesmo pelo valor das cláusulas de rescisão..nuno.fernandes@dn.pt