Está cada vez mais quente o ambiente que antecede o Espanha-Alemanha desta sexta-feira (17.00) em Estugarda, a contar para os quartos de final do Euro 2024. Tudo começou com o antigo guarda-redes internacional alemão Jens Lehmann, que disse na Welt TV que “Espanha é uma equipa pequena e inexperiente”. “Em termos de qualidade, é melhor que a Alemanha, mas é muito baixa e tem pouca experiência internacional”, considerou o antigo jogador de 54 anos e que em 2008 estava na baliza alemã na final do Campeonato da Europa, perdida precisamente para la roja. A resposta não tardou e surgiu pela voz do antigo selecionador e atual presidente da comissão que tutela a Real Federação Espanhola de Futebol , Vicente del Bosque, que incendiou ainda mais os ânimos. “Somos favoritos, não tenho dúvidas de que vamos ganhar. Jogamos mais rápido e com mais ritmo do que a Alemanha. Estou firmemente convencido de que vamos passar. Não quero ser desrespeitoso e também temos de ser humildes, mas no geral vejo a Espanha melhor em muitos aspetos, mesmo que a Alemanha esteja a jogar bem no ataque, especialmente com Musiala”, afirmou o treinador campeão mundial em 2010 e campeão europeu em 2012, em entrevista ao jornal alemão Bild. Coube a Toni Kroos, médio da seleção da Alemanha que até há poucos dias era jogador do Real Madrid, colocar alguma água na fervura, ao desvalorizar as palavras de Lehmann e ao frisar que aquilo que o antigo guarda-redes disse “não é verdade”. “Não nos representa, é alguém que tem sempre uma opinião diferente dos outros”, vincou.Já os jogadores espanhóis prometem responder em campo. “É uma opinião respeitável, mas não partilhada por nós. Não nos influencia, estamos tranquilos. Podemos vencer qualquer um. Dizem isso agora, mas há três semanas ninguém dizia nada. Não vamos relaxar, estamos a tentar preparar o jogo da melhor forma”, ripostou o avançado Mikel Oyarzabal. “É a opinião dele, o que posso dizer? É alemão. Tenta desestabilizar-nos um pouco. Não ouvimos ninguém, vamos demonstrar o que somos. Mais do que ajudar a Alemanha ajuda-nos a nós. Vamos ver se somos pequenos e inocentes”, vaticinou o jovem extremo Lamine Yamal. david.pereira@dn.pt