João Neves a caminho. PSG gasta quase 300 milhões de euros em portugueses em oito anos
Gerardo Santos / Global Imagens

João Neves a caminho. PSG gasta quase 300 milhões de euros em portugueses em oito anos

Benfica e clube francês têm a transferência do jovem médio quase fechada. Há muito que o PSG se reforça com jogadotes portugueses, mas desde 2016/17, com Gonçalo Guedes, começou a pagar avultadas quantias pelos negócios. Gonçalo Ramos foi o último.
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A transferência de João Neves do Benfica para o PSG pode ser oficializada a qualquer momento, por um valor a rondar os 70 milhões, num negócio que vem comprovar a preferência do clube francês por jogadores portugueses no últimos anos. Fazendo as contas desde a época 2016-17, o milionário clube gaulês, contabilizando já a soma do jovem benfiquista, desembolsou quase 300 milhões de euros em futebolistas lusos, mais concretamente 287,525ME.

A história do PSG e de jogadores portugueses é bastante antiga, basta lembrar que no passado vestiram a camisola do emblema parisiense internacionais como João Alves,  Humberto Coelho e Pauleta (ainda hoje considerado uma referência do clube), e também por lá passaram Hélder Baptista, Kenedy, Hugo Leal, entre muitos outros. Mas de 2016-17 para cá vários jogadores portugueses assinaram pelo Paris Saint-Germain a troco de somas avultadas de dinheiro.

Neste espaço temporal, o primeiro foi Gonçalo Guedes, que na época 2016-17 trocou o Benfica pelo PSG por 30 milhões de euros. Em 2020-21 o clube francês veio a Portugal contratar Danilo ao FC Porto, primeiro por empréstimo e depois com o pagamento de 16 milhões de euros na época 2021-22. 
Foi também nesta mesma temporada que Nuno Mendes trocou o Sporting pelo emblema da cidade Luz. Num primero momento numa cedência que obrigou ao pagamento de sete milhões de euros, e depois recheando os cofres leoninos com mais 38 milhões quando a transferência foi concluída a título definitivo.

Na temporada 2022-23, outros dois jogadores portugueses assinaram pelo emblema gaulês. Vitinha foi contratado ao FC Porto por 41,525 milhões de euros, e Renato Sanches chegou do Lille por 15 milhões, aconselhado por Luís Campos, atual homem forte do futebol dos campeões franceses.

Na época passada, o clube procurava um avançado e a escolha voltou a recair num internacional português, com Gonçalo Ramos a deixar o Benfica a troco de 65 milhões - primeiro por empréstimo e meses mais tarde com o PSG a acionar a cláusula de compra obrigatória.

O senhor que se segue é João Neves. Os dois clubes estão a negociar há algumas semanas o passe do jovem benfiquista de 19 anos, mais uma vez aconselhado por Luís Campos, mas com o OK do treinador Luis Enrique. O médio já deu o sim à transferência, que lhe vai permitir auferir um salário dez vezes superior ao que ganha na Luz - pode passar de 500 mil euros época para cinco milhões.

O jogador, entretanto, deverá apresentar-se hoje no centro do Seixal, a data definida para o final de férias dos internacionais - ontem assistiu nas bancadas da Luz ao empate no particular com o Brentford. Mas como o negócio está prestes a ficar fechado, não vai alinhar no domingo frente ao Feyenoord, em jogo relativo à Eusébio Cup. E até é bem possível que até lá a transferência seja fechada.

Apesar de à partida serem negócios independentes, PSG e Benfica estão igualmente em conversas com vista ao regresso de Renato Sanches ao Benfica. O médio poderá chegar à Luz cedido pelos campeões franceses até ao final da temporada, ficando o PSG responsável pelo pagamento de parte dos salários. Ou até a título definitivo se for integrado no pacote de João Neves.

O médio de 26 anos tem um longo historial de lesões desde que deixou o Benfica em 2016. na época passada, quando esteve cedido à Roma, só participou em 12 jogos, com um total de 261 minutos.

nuno.fernandes@dn.pt

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