Marcelo brinca com João Sousa. "Pelos vistos o abraço também ajudou"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi hoje uma segunda vez ao Clube de Ténis do Estoril para cumprimentar João Sousa, após o tenista ter vencido pela primeira vez na carreira o Estoril Open.
De acordo com a informação avançada pela organização da prova, o chefe de Estado deslocou-se ao complexo já ao final da tarde e foi de propósito ao balneário do jogador para lhe dar os parabéns pelo feito de se ter tornado o primeiro português a vencer o maior torneio do ténis nacional.
Marcelo Rebelo de Sousa já tinha passado ao início da tarde pelo Estoril Open, antes da final que João Sousa venceu diante do norte-americano Frances Tiafoe (duplo 6-4), e depois acabou por sair e não assistir à decisão do título, face ao compromisso de acompanhar a procissão de Nossa Senhora da Saúde.
"Passei primeiro a dar um abraço às 15:10. Pelos vistos, o abraço também ajudou um pouco e depois soube a meio da procissão da vitória, estou muito feliz", declarou o Presidente aos jornalistas, após as cerimónias que tiveram lugar na Praça do Martim Moniz, em Lisboa.
João Sousa conquistou hoje o Estoril Open em ténis pela primeira vez na carreira, ao derrotar o norte-americano Frances Tiafoe em dois 'sets', após uma hora e vinte minutos de encontro, e somou o seu terceiro título no circuito ATP.
Marcelo na procissão da Nossa Senhora da Saúde
Durante a procissão, que acompanhou integralmente, durante mais de duas horas, Marcelo Rebelo de Sousa olhou várias vezes o seu telemóvel.
O chefe de Estado, que é comandante supremo das Forças Armadas, justificou a ausência no Estoril Open com o compromisso em acompanhar a procissão de Nossa Senhora da Saúde, uma cerimónia religiosa com ligação às Forças Armadas, em que estiveram também presentes o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, os chefes dos três ramos das Forças Armadas e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS).
"Cerimónias institucionais são cerimónias institucionais e esta cerimónia tem quase 500 anos, é uma cerimónia também militar, religiosa mas também militar, com presença das chefias militares", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.
O Presidente foi saudado com palmas em diversos pontos do percurso da procissão, quer pelas pessoas que assistiam à sua passagem das varandas, muitas enfeitadas com colchas, quer dos passeios.
Marcelo reagia com contenção, por vezes fazendo um aceno de cabeça ou um ligeiro aceno com a mão. No regresso à capela de Nossa Senhora da Saúde, no Martim Moniz, além das palmas, um grupo de senhoras de uma varanda foi mais entusiasta, ouvindo-se repetidamente: "É o Marcelo, é o Marcelo!".
Na bênção final, o padre não ignorou que a popularidade do Presidente 'competiu' com a da Senhora da Saúde: "A certa altura, o senhor Presidente da República recebia mais palmas do que Ela".
Centenas de pessoas acompanharam a procissão, composta por um andor de São Jorge, em que a figura do santo segue a cavalo, com escolta da GNR; um andor de Sant'Ana, conduzida por agentes da PSP; um andor de Santo António, conduzido por agentes da Polícia Municipal; andores de Santa Bárbara e São Sebastião, conduzidos por militares das Forças Armadas; e o andor de Nossa Senhora da Saúde, conduzido por moradores do bairro da Mouraria.
Muitas mulheres acompanhavam a procissão carregando ramos de rosmaninho, algumas com velas, sempre ao som de bandas musicais, pelo percurso entre a capela, a rua da Mouraria, Rua do Benformoso, Largo do Intendente, virando na Almirante Reis, prosseguindo pela rua da Palma, em direção à Praça da Figueira, rua dos Condes de Monsanto, rua do Poço do Borratém e rua do Arco do Marquês do Alegrete, até ao regresso ao Martim Moniz.