Inchude, Cá e Irina alcançam finais do lançamento do peso e do disco. Salomé Afonso em frente nos 1500 metros
A portuguesa Jessica Inchude qualificou-se diretamente para a final do lançamento do peso dos Campeonatos da Europa de atletismo Roma2024, com um arremesso a 18,17 metros, alimentando a expectativa para a final desta sexta-feira. Também hoje, Salomé Afonso garantiu lugar na final dos 1500 metros.
Com a quarta melhor marca europeia do ano (18,65, em pista coberta), Jessica Inchude assegurou um dos 12 lugares na final, marcada para as 21:30 locais (20:30 em Lisboa), com 18,17 logo no primeiro lançamento.
A lançadora do Sporting, de 28 anos, normalmente na 'sombra' de Auriol Dongmo, que falhou a defesa da prata europeia conquistada em Munique2022 devido a lesão, avançou para a final com a quinta melhor marca, num concurso liderado pela sueca Fanny Roos, com 18,70, no seu segundo ensaio.
A presença na final ficou fixada nos 17,02 da finlandesa Emília Kangas, deixando de fora a portuguesa Eliana Bandeira, que não foi além dos 16,76 na primeira tentativa, dos 16,74 na segunda e de um nulo, a fechar.
Após a competição, a lançadora do Benfica, de 27 anos, recusou-se a prestar declarações na zona mista do Estádio Olímpico de Roma.
"Tenho estado consistente nos 18 metros e estava confiante em conseguir a marca no primeiro lançamento. Consegui, estou feliz e estou em boa forma para a final de hoje, na qual tudo pode acontecer, mas acho que posso lutar por uma medalha", admitiu Inchude, em declarações à agência Lusa.
Irina Rodrigues junta-se a Liliana Cá na final do lançamento do peso
Irina Rodrigues juntou-se a Liliana Cá na final do lançamento do disco dos Campeonatos da Europa de atletismo Roma2024, enquanto Emanuel Sousa foi eliminado no regresso luso à disciplina no masculino, 70 anos depois.
Depois de Liliana Cá ter avançado para a final, com o seu melhor arremesso do ano, a 64,72 metros, que lhe valeu também a qualificação para os Jogos Olímpicos Paris2024, Irina Rodrigues também assegurou uma das 12 vagas no concurso decisivo, marcado para sábado, a partir das 21:37 locais (20:37 em Lisboa).
Irina Rodrigues avançou com o sétimo melhor lançamento da qualificação, com os 61,32 alcançados no seu segundo ensaio, repetindo o dueto no disco dos Europeus Munique2022, quando foi 11.ª e Cá quinta.
"Queria muito ir outra vez a uma final. Desta vez, senti que o meu processo de treino está mais consolidado -- é o meu sexto Campeonato da Europa sénior, o que também pode dizer que estou mais velha --, mas a verdade é que a experiência permite-me chegar aqui com outra confiança e conquistar esta marca que acho positiva", explicou a lançadora, à agência Lusa.
A lançadora natural de Leiria, de 33 anos, começou o concurso com 60,43 e encerrou com 58,28, além da marca que lhe valeu o terceiro lugar no Grupo B e o sétimo no conjunto da qualificação, ambicionando um melhor lançamento na final.
"Eu prefiro fazer a melhor marca na final. Dá outro alívio conseguir marca direta, mas, não tendo, o importante é estar entre as 12 na final. Agora, é esperar que tudo corra pelo melhor. Acho que fiz tudo o que podia, o trabalho está feito e, por isso, é acreditar, apostar tudo e ter muita garra", referiu a também médica.
Sorte diferente teve Emanuel Sousa na competição do disco masculina, à qual Portugal regressou 70 anos depois da presença de Manuel Silva, em Berna1954, quando o polícia luso foi 18.º.
Emanuel Sousa estreou Portugal nos 26.ºs Europeus sem conseguir melhor do que 58,72 metros no seu terceiro lançamento (tem 64,36 como recorde pessoal obtidos já este ano), terminando o Grupo A no 13.º e antepenúltimo lugar.
"Ficou um bocado aquém. Foquei-me muito bem, fisicamente senti-me muito bem, mas não consegui dar o meu melhor e aquilo que eu sei que estou a valer. Foi culpa minha, cometi erros técnicos, foi o meu primeiro grande campeonato em seniores e senti-me um pouco nervoso -- todos sentimos -- e acho que foi aí que falhou, porque, em termos técnicos e físicos, sinto-me bem", reconheceu o atleta, de 25 anos.
A 'porta' da final 'fechou' aos 62,07 metros, tendo o lançador do Benfica terminado no 27.º lugar.
Salomé Afonso acelerou no final para avançar nos 1.500 metros
A portuguesa Salomé Afonso acelerou hoje na última volta das semifinais dos 1.500 metros para chegar à final da distância nos Campeonatos da Europa de atletismo Roma2024.
"Hoje senti-me muito tranquila, muito paciente, porque, a dada altura da prova, realmente estava muito mal colocada e, nos últimos 300 metros, pensei 'vou passar' e foi isso", sintetizou a meio-fundista lusa, na zona mista do Estádio Olímpico da capital italiana.
Salomé Afonso concluiu as três voltas e meia à pista romana em 04.06,83 minutos, no quarto lugar da primeira semifinal, assegurando uma das seis vagas na final, marcada para domingo, às 22:36 locais (21:36 em Lisboa).
"Eu sinto que sou uma atleta de campeonatos, como que me revoluciono, entro aqui com uma personalidade diferente, quase um alter ego, o que até parece um pouco louco", reconheceu a atleta individual, em declarações à Lusa, para sustentar que, "agora, na final, tudo é possível".
A atleta lisboeta, de 26 anos, arrancou muito forte, mas acabou por perder posições, só recuperando na última volta, para assegurar, tranquilamente, um dos seis primeiros lugares.
"Eu pensei 'é muita gente, vou partir super-rápido e ficar logo muito bem', mas foi precisamente o oposto, senti que parti muito lento e fiquei mal colocada. Mas, são 1.500 metros, e não são excessivamente rápidos, pelo que foquei-me na ponta final e correu bem", explicou.
Salomé Afonso manifestou-se confiante para a final, depois de assegurar um lugar entre as 12 mais rápidas na distância, na série mais rápida das semifinais, em que se destacou a britânica Jemma Reekie (04.06,68).
"Se cheguei lá, não sou inferior. Tenho de acreditar até ao fim. Estou numa forma excelente e acho que posso ambicionar qualquer coisa", rematou.
O melhor desempenho português nos 1.500 metros femininos foi alcançado por Carla Sacramento, em Budapeste1998, quando conquistou a medalha de prata.
Emanuel Sousa eliminado no disco masculino
Sorte diferente teve Emanuel Sousa na competição do disco masculina, à qual Portugal regressou 70 anos depois da presença de Manuel Silva, em Berna1954, quando o polícia luso foi 18.º.
Emanuel Sousa estreou Portugal nos 26.ºs Europeus sem conseguir melhor do que 58,72 metros no seu terceiro lançamento (tem 64,36 como recorde pessoal obtidos já este ano), terminando o Grupo A no 13.º e antepenúltimo lugar.
"Ficou um bocado aquém. Foquei-me muito bem, fisicamente senti-me muito bem, mas não consegui dar o meu melhor e aquilo que eu sei que estou a valer. Foi culpa minha, cometi erros técnicos, foi o meu primeiro grande campeonato em seniores e senti-me um pouco nervoso -- todos sentimos -- e acho que foi aí que falhou, porque, em termos técnicos e físicos, sinto-me bem", reconheceu o atleta, de 25 anos.
A 'porta' da final 'fechou' aos 62,07 metros, tendo o lançador do Benfica terminado no 27.º lugar.