FIFA apela a cessar-fogo na Ucrânia durante o Mundial
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, pediu esta terça-feira um cessar-fogo de um mês na Ucrânia durante o Mundial 2022, alegando que o desporto pode unir as pessoas.
O líder do órgão que tutela o futebol mundial dirigiu-se aos líderes do G20, reunidos em Bali, na Indonésia, e disse que o começo do torneio pode servir como um "gatilho positivo" na invasão russa da Ucrânia, que já dura quase nove meses.
"O meu apelo é para que todos vocês pensem num cessar-fogo temporário de um mês durante o Mundial", afirmou num almoço com os líderes mundiais.
Se não for um cessar-fogo completo, pode haver "a implementação de alguns corredores humanitários ou qualquer coisa que possa levar à retoma do diálogo", frisou.
Infantino recordou que a Rússia sediou o Mundial 2018 e que a Ucrânia apresentou uma candidatura conjunta com Espanha e Portugal para 2030.
"Não somos ingénuos em acreditar que o futebol pode resolver os problemas do mundo", disse Infantino, que considera que o Mundial é uma "plataforma única", uma vez que cinco mil milhões de pessoas - mais de metade da humanidade - deverão assistir ao torneio a partir da televisão.
"Vamos aproveitar esta oportunidade para fazer tudo o que pudermos para começar a pôr fim a todos os conflitos", acrescentou.
As conversas do grupo G20 incluíram o presidente Joe Biden e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, embora não tenha ficado claro se ambos tivessem ouvido Infantino, que mias tarde pediu aos líderes mundiais que assinassem uma bola de futebol como lembrança.
A FIFA suspendeu a Rússia dias após a invasão da Ucrânia, expulsando os russos das partidas das eliminatórias para o Mundial depois de vários países terem recusado enfrentar a seleção russa.