Fato macaco e mentalidade Champions valeram triunfo ao Benfica em Arouca
Foto: Liga Portugal

Fato macaco e mentalidade Champions valeram triunfo ao Benfica em Arouca

Autogolo e penálti valeram 7.º triunfo seguido no campeonato a Bruno Lage, que assim conseguiu a desejada aproximação ao líder Sporting, que esta ronda perdeu pontos. Di María voltou a ser decisivo e chegou aos 6 golos em 4 jogos.
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Quatro dias depois da desgastante, mas triunfante viagem ao Mónaco, o Benfica, segundo Bruno Lage, “vestiu o fato macaco” para vencer o Arouca (2-0) na 13.ª jornada da I Liga. 

O 7.º triunfo seguido dos encarnados no campeonato permitiram-lhe a aproximação ao líder, Sporting, que esta ronda perdeu com o Santa Clara. As águias estão agora a cinco pontos da liderança, mas com um jogo a menos (frente ao Nacional, que será jogado no dia 9). 

E o objetivo, segundo o treinador dos benfiquistas, que em Arouca repetiu o mesmo onze apresentado no jogo da Liga dos Campeões, no Principado, é chegar a final do ano no 1.º lugar... e sendo que há um dérbi no dia 29 de dezembro.

Foi uma vitória merecida do Benfica e valorizada pelo desempenho do adversário, que até teve a primeira grande oportunidade de golo do jogo aos dez minutos, por Alfonso Trezza. O extremo uruguaio tentou fazer um chapéu a Trubin, mas não acertou na medida do guardião...

O penúltimo lugar na classificação da I Liga não reflete o futebol que o Arouca mostrou ontem em campo. A equipa liderada por Vasco Seabra (na bancada a cumprir castigo) só não encontrou o caminho do golo - Trubin esteve à altura das dificuldades - e foi traída por um autogolo inicial de Jose Fontán aos 12 minutos.

Os turcos Orkun Kökçü (viu o quinto cartão amarelo no campeonato e falha a próxima partida, diante do Vit. Guimarães) e Akturkoglu desenharam um lance pela esquerda, mas a bola não chegou a Plavidis... porque Fontán foi com tudo e cortou para dentro da própria baliza.

Um infelicidade que não aprisionou emocionalmente a equipa arouquense, que não desistiu de procurar o empate, mas voltou a ser traída por outro dos seus. Aos 70 minutos, Nico Mantl, que tinha feito duas defesas fantásticas a impedir que Carreras e Beste marcassem para o Benfica, derrubou Leandro Barreiro na área e assim nasceu uma oportunidade para Di María aumentar a vantagem no marcador.

Na marca dos 11 metros, o argentino não falhou e chegou aos seis golos nos últimos quatro jogos, numa semana em que muito se falou na renovação de contrato. Hoje não fez um jogo vistoso, mas fez toda a diferença na manobra ofensiva do Benfica e ainda marcou o golo da tranquilidade.

Melhor no segundo tempo do que no primeiro, também pelas mudanças feitas - Beste e Leandro Barreiro - , o Benfica celebrou aasim o 70º aniversário do antigo Estádio da Luz com um triunfo fora de casa.

No final, Bruno Lage mostrou-se satisfeito com o desempenho da equipa e até justificou a condição de suplente de António Silva (outrora titularíssimo) como sendo a melhor opção, numa altura em que Tomás Araújo (um dos melhores em campo ontem) se tem destacado no centro da defesa ao lado do capitão Otamendi. “Para mim, é a decisão mais difícil, ter de escolher dois. Temos três jogadores internacionais num nível muito alto. Neste momento, a postura do António tem sido enorme”.

isaura.almeida@dn.pt

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