Dragões despacham missão em Vizela com goleada fácil
Na frente, tudo na mesma. O FC Porto não se ficou e também somou os três pontos na deslocação a Vizela, ao triunfar por 4-0, reassumindo a liderança da Liga portuguesa em igualdade pontual com o Sporting. Foi também a 10ª vitória consecutiva dos dragões - um recorde para Sérgio Conceição, que nem pôde assistir no banco ao feito - e o 43º jogo consecutivo sem perder na prova para os nortenhos, tal como conseguira Vítor Pereira entre 2012 e 2013. Mas a melhor marca do clube (55 partidas invicto no campeonato, entre André Villas-Boas e Jesualdo Ferreira) ainda está a alguma distância.
Entrando em campo já sabendo que os seus principais rivais na luta pelo título tinham ultrapassado os respetivos obstáculos com facilidade, o FC Porto apresentou-se em Vizela sem grandes poupanças a pensar no clássico da próxima ronda. Otávio foi titular, apesar de ter quatro amarelos às costas, bem como Evanilson, que tinha saído tocado na partida frente ao Sp. Braga. Já Pepe, lesionado, ficou mesmo fora das opções de Vítor Bruno, que voltou a substituir o castigado Sérgio Conceição no banco. Para Álvaro Pacheco não houve grandes dúvidas: em equipa que goleia fora não se mexe, pelo que os 11 de Arouca voltaram a jogar de início na segunda receção da época a um grande.
Com cerca de 5000 pessoas nas bancadas, as duas equipas proporcionaram um início de jogo animado e equilibrado mas o FC Porto rapidamente esteve perto de inaugurar o marcador, quando uma boa recuperação alta permitiu a Taremi deixar Luis Díaz em boa posição para marcar, com o remate do colombiano a sair ao lado (12'). Não marcou aí, mas compensou dois minutos volvidos, quando deu o melhor seguimento a um passe longo de Otávio, para rematar cruzado depois de tirar Bruno Wilson do caminho.
O tento deixou os dragões ainda mais à vontade no jogo e Taremi esteve perto de marcar por duas vezes, uma a seguir à outra. No primeiro lance, Charles defendeu para canto, no segundo o iraniano falhou o desvio vitorioso quando já toda a gente via a bola dentro da baliza. Mas o 0-2 surgiu mesmo aos 19 minutos, com os protagonistas do primeiro a trocarem de papéis: desta vez Luis Díaz colocou a bola no centro da área e Otávio rematou para a baliza. Tudo demasiado fácil, perante um adversário que sentia muitas dificuldades para sair da pressão alta feita pelos visitantes. E, mesmo quando o Vizela se conseguiu libertar um pouco - até porque os azuis e brancos também levantaram um pouco o pé -, o perigo esteva sempre mais perto de Charles do que de Diogo Costa. As únicas ocasiões vizelenses surgiram em cima do intervalo: na sequência de um canto, o central Bruno Wilson cabeceou sem marcação e sem força, e, de seguida, Schettine obrigou o jovem guarda-redes a aplicar-se.
Se a equipa da casa tinha alguma esperança em reverter a desvantagem ao intervalo, essa morreu bem cedo na segunda metade. Logo aos 47 minutos, a equipa foi apanhada com o bloco subido, a algo que Zaidu aproveitou para correr meio campo e bater Charles pela terceira vez. Quase de seguida, Diogo Costa evitou que um cabeceamento de Kiko Bondoso entrasse, desviando a bola para o poste - na sequência do lance, Schettine foi expulso por ter atingido o guardião do FC Porto.
Com uma vantagem segura no marcador, a equipa técnica do FC Porto optou por poupar os seus dois elementos mais influentes, até porque o duplo confronto com o Benfica está à porta. Otávio e Luis Díaz deram lugar a Fábio Vieira e Corona por volta da hora de jogo, mas nem isso alterou o sentido do jogo. Um autogolo de Samu, na sequência de um canto, elevou a marca para uma goleada que traduziu bem a superioridade dos dragões desde os instantes iniciais.