Dois golos rendem triunfo sem forçar ao FC Porto
Depois de um jogo intenso e quase decisivo na Liga dos Campeões, a deslocação do FC Porto a Portimão, para defrontar um adversário que ganhara os últimos três jogos caseiros, podia tornar-se num desafio difícil. Podia, mas não foi assim.
Concentrados desde o primeiro minuto, apesar de apresentarem uma defesa inédita (sem o leionado Pepe), os comandados de Sérgio Conceição, sob a batuta de Otávio, dominaram os acontecimentos perante uma equipa que quis jogar olhos nos olhos mas que raramente soube o que fazer no último terço quando conseguia lá chegar.
Um remate de longe de Uribe que obrigou Nakamura a aplicar-se (17') foi o primeiro sinal que os campeões não estavam no Algarve para descansar dos esforços europeus.
E bastaram mais cinco minutos para o golo aparecer: desorientados durante uns minutos por causa de uma assistência a Filipe Relvas, que teve de sair para trocar o equipamento ensaguentado, os algarvios não foram capazes de deter dois cruzamentos seguidos de Rodrigo Conceição.
À segunda, uma carambola intencional entre Evanilson e Otávio, que não marcava desde janeiro, permitiu ao capitão rematar de primeira para o fundo da baliza sem deixar a bola cair no chão.
Controlando tranquilamente todos os momentos do jogo, o FC Porto foi criando oportunidades para "matar" o jogo. Um tiro de Evanilson que não entrou por pouco (34') e um remate em arco de Taremi que proporcionou a defesa da tarde a Nakamura (39') entraram nesta contabilidade particular, enquanto, do outro lado, o Portimonense não conseguia criar um lance de perigo que se visse, nem quando um corte de Eustáquio sobrou para Rui Gomes, cujo disparo de primeira saiu bem longe da baliza.
Após o descanso não demorou muito até o técnico dos dragões ficar mais descansado. Duas abordagens pouco vigorosas de Pedrão e Moufi junto à sua área, deixaram Taremi na cara do guarda-redes. Este, sem ângulo, tomou a decisão mais sensata e assistiu Pepê que, com uma picadinha habilidosa, anichou a bola novamente nas malhas (51').
Foi preciso esperar pelo minuto 76 para o Portimonense estar perto do golo. Um cruzamento largo ao segundo poste permitiu a Rodrigo Matos desviar para a baliza, onde Yago Carello, traído por um pequeno desvio de David Carmo, acabou por tocar com a coxa para a trave, a um metro da linha de golo. Um falhanço incrível, repetido logo a seguir (82'), com Diogo Costa a desviar por cima da trave.
Estava escrito que o jejum dos algarvios (e do técnico Paulo Sérgio) iria continuar e que o FC Porto vai entrar no clássico da próxima ronda a três pontos do líder.