Sporting perde final da Champions que coroou André Coelho

Sporting foi este domingo goleado pelo Barcelona (4-0), na final da Liga dos Campeões de futsal, em Riga, falhando assim a oportunidade de conquistar o terceiro título europeu, depois dos triunfos em 2019 e 2021.

Num jogo em que os leões foram uma sombra de si mesmos e nunca conseguiram incomodar verdadeiramente os catalães, foi o português André Coelho do Barcelona que acabou a levantar o troféu, juntando assim a Champions aos título europeu e mundial ganhos pela seleção.

"Foi um jogo estranho. Até fomos conseguindo criar algumas situações de golo... O resultado é exagerado e absurdo. A equipa fez tudo o que conseguiu para marcar, tivemos algumas chances. O jogo poderia ter sido outro se tivéssemos aproveitado as oportunidades. Não fomos eficazes. Quando estivemos por baixo do jogo, o Barcelona foi eficaz. E é um justo vencedor. Parabéns a eles. Mas os números não espelham o que aconteceu", resumiu ao Canal 11 Nuno Dias, que estabeleceu um novo tecorde no banco: 51 jogos à frente de um clube.

Na reedição da final de 2021, os catalães vingaram a derrota sofrida no ano passado (4-3). Logo aos trinta segundos de jogo a equipa de Nuno Dias viu o árbitro anular-lhes um golo, acabando por sofrer dois golos na primeira parte. Foi a primeira vez em cinco anos que ficaram em branco numa parte de um jogo.

Para encontrar um registo semelhante, é preciso recuar até 30 de abril de 2007, quando os leões foram derrotados por 7-0, também na final da Champions, pelo Inter Movistar. Os mísero dois remates no primeiro tempo também resumem o desnorte de uma atuação pobre dos campeões.

Logo após Matheus Rodrigues dar o primeiro aviso, com um remate ao poste, aos 15 minutos, foi Lozano (16) quem inaugurou o marcador, num contra-ataque que surpreendeu o conjunto de Alvalade e no qual foi feliz a ganhar um ressalto decisivo no duelo com João Matos. À beira do descanso, Pito aproveitou um passe que saiu curto a Zicky Té para pegar na bola no meio do campo, correr até à área adversária e desfeitear Guitta, para levar os espanhóis ainda mais confortáveis para o intervalo.

A vantagem permitia aos catalães baixar o bloco e apostar nas transições rápidas, geralmente através de passes de uma ponta à outra do campo, estratégia na qual a equipa de Jesús Velasco se sentiu como peixe na água. Tanto que na segunda parte não precisou de mais do que 27 segundos para chegar ao 3-0, através de Ferrão.

O Sporting só conseguiu criar verdadeiro perigo após colocar Merlim nas funções de guarda-redes avançado, a sete minutos do final, mas não causou mais do que calafrios ao guarda-redes do Barcelona, nomeadamente por Cardinal (34) e Zicky Té (36). Didac Plana (39) fechou as contas no último minuto (4-0) e deu ao Barcelona o quarto troféu, juntando a taça deste ano às conquistadas em 2012, 2014 e 2020.

No jogo do terceiro e quarto lugar, o Benfica, que tinha sido eliminado pelo Bracelona, venceu o ACCS Asnières de Ricardinho (5-2), que tinha sido goleado pelo Sporting nas meias finais, e garantiu o último lugar do pódio na final four de futsal da UEFA.