Pavlidis vê Mantl parar um ataque benfiquista.
Pavlidis vê Mantl parar um ataque benfiquista. FOTO: MIGUEL A. LOPES/LUSA

Balde de água gelada ao cair do pano leva Benfica de volta ao segundo lugar

Benfica empatou 2-2 com o Arouca, sofrendo o segundo golo aos 90’+6. Jogo ficou marcado pela decisão de António Nobre de, alertado pelo VAR, não reverter um penálti assinalado a favor dos arouquenses.
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O Benfica empatou 2-2 na Luz com o Arouca e voltou ao segundo lugar na I Liga, com os mesmos pontos do líder Sporting, a cinco jornadas do fim. Foi sem dúvida um dos melhores espetáculos do campeonato, sendo justo destacar a brava equipa comandada por Vasco Seabra, num jogo marcado pelo primeiro golo dos visitantes, em que o árbitro António Nobre não reverteu o penálti que assinalou, apesar da indicação contrária do VAR Luís Godinho.

Bruno Lage repetiu o onze do clássico com o FC Porto e, após um início lenta, os encarnados aceleraram e entre os 12’ e os 16’ tiveram cinco oportunidades de golo, respondendo o Arouca com os seus dois primeiros lances perigosos (e únicos no primeiro tempo), com Trubin a brilhar num deles a remate de Sylla.

Na verdade, quase todas as ocasiões de perigo até ao intervalo sucederam até aos 20 minutos, tendo-se registado apenas mais uma ocasião, por sinal a mais perigosa, num remate ao poste de Pavlidis, na sequência de excelente trabalho individual.

A boa organização defensiva arouquense dificultava a vida a um Benfica que sentia a falta dos habituais desequilíbrios de Di María e Aktürkoglu. Pela segunda vez esta época, os lisboetas recolheram aos balneários com um 0-0 em jogos da I Liga (e foi apenas a quarta vez que não estavam em vantagem).

No segundo tempo, o Arouca juntou à boa organização defensiva uma grande dose de atrevimento e bom futebol. E logo após o recomeço foi dos visitantes o primeiro sinal de perigo, com Trubin a parar remate de Yalçin. Foi o Arouca que continuou por cima durante mais algum tempo, para surpresa dos cerca de 61 mil benfiquistas que acorreram à Luz. Trubin voltou a brilhar (51’), defendendo uma “bomba” de Trezza, naquela que foi a terceira grande intervenção do ucraniano. Muito mérito para o treinador Vasco Seabra, o líder de uma equipa que soube trocar muito bem a bola no meio-campo contrário, sempre com Jason Remeseiro em grande plano. E mostrando que, apesar de arriscado, é possível jogar de igual para igual com os grandes, sem se remeter à defesa e recorrer ao antijogo.

Só que as equipas que têm foras de série estão sempre mais perto do sucesso. Foi isso que aconteceu quando Carreras mostrou porque é um dos melhores laterais esquerdos a atacar do futebol europeu e fez uma jogada em que correu quase todo o campo, passando por vários adversários, servindo Aursnes, que assistiu Kökçü para um belo golo: um remate sem hipóteses de defesa. A bola foi ao meio-campo e logo o Benfica a recuperou, criando enorme oportunidade para o 2-0, desperdiçada por Di María.

Até que aos 68’ o árbitro António Nobre assinalou penálti de Otamendi sobre Jason, não seguindo a indicação do VAR Luís Godinho, que entendeu não ter havido motivo para falta. O turco Yalçin aproveitou e fez o 1-1.

Bruno Lage respondeu com uma dupla substituição, com Florentino e Di María a serem rendidos por Schjelderup e Belotti e, pouco depois, Pavlidis voltou a deixar a sua marca, ao dar vantagem ao Benfica, desviando de cabeça assistência perfeita de Kökçü. Schjelderup ainda teve um golo anulado, até Weverson provocar a surpresa com o 2-2, aos 90’+6. Um prémio justíssimo para a bela exibição do Arouca.

Na próxima jornada o Benfica desloca-se a Guimarães, enquanto o Sporting recebe o Moreirense e, aparentemente, a luta entre os velhos rivais poderá ser até ao fim. Ou pelo menos, até ao dérbi de 10 de maio.

Pavlidis vê Mantl parar um ataque benfiquista.
Benfica escorrega na Luz com o Arouca e volta a ter a companhia do Sporting na liderança (Veja os golos)

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