Desporto
01 junho 2022 às 21h10

Argentina vulgariza campeã europeia Itália e vence Finalíssima

Lautaro Martinez, Di Maria e Dybala marcaram os golos da seleção albiceleste na vitória por 3-0 sobre a squadra azzurra.

DN/Lusa

A Argentina venceu esta quarta-feira a Finalíssima, que opôs o vencedor da Copa América ao campeão europeu de futebol, ao bater a Itália, por 3-0, vitória que pecou por escassa tal a superioridade esmagadora dos sul-americanos.

É caso para dizer que Giorgio Chiellini, que fez o último jogo pela squadra azzurra, merecia outra despedida, pela sua notável carreira internacional, quer ao serviço da Juventus, quer ao serviço seleção.

A Itália, que foi afastada da fase final do Mundial2022 pela Macedónia do Norte, no play-off de qualificação, mostrou ser uma sombra da equipa que há um ano conquistou o Euro2020, justamente no mesmo estádio onde jogou esta quarta-feira, derrotando a seleção anfitriã, a Inglaterra, no desempate por grandes penalidades.

A seleção argentina, que contou com o central benfiquista Otamendi no onze, levou o jogo muito a sério, o que foi notório pela forma como a equipa reagiu quase sempre à perda de bola, incluindo Lionel Messi, pressionando constantemente o portador, agressividade que os italianos foram incapazes de contrariar, perdendo a bola com tremenda facilidade.

O intervalo chegou com a Argentina a vencer já por 2-0, com golos de Lautaro Martinez e Di Maria, aos 28 e 45+1 minutos, mas o resultado até era lisonjeiro para a formação europeia, tendo em conta que a Argentina foi sempre dona e senhora do jogo, a marcar o ritmo, a ter iniciativa, a recuperar a bola no primeiro terço do campo, na primeira fase de construção da Itália, e a criar oportunidades de golo.

A Itália foi simplesmente incapaz de responder a essa superioridade, com perdas de bola constantes e sem fluidez de jogo que lhe permitisse esticar o jogo até à área argentina, a ponto de não ter criado uma oportunidade de golo flagrante em toda a partida.

Ao invés, a Argentina esteve sempre confortável no jogo, criou inúmeras oportunidades, sobretudo na segunda parte, mas com os jogadores argentinos a falharam clamorosamente na definição das jogadas, por clara precipitação, muitas vezes a exagerarem nas trocas de bola na área, como se quisessem entrar pela baliza italiana adentro, o que explica que o terceiro golo só tenha chegado já em período de compensações, aos 90+4 minutos, por Paulo Dybala, que tinha entrado pouco antes.

De nada valeu ao selecionador Roberto Mancini, que parecia incrédulo com o que via dentro do campo, ter tirado de campo Chiellini, Bernardeschi e Belotti ao intervalo para lançar Lazzari, Locattelli e Scamacca, e mais tarde Spinazzola e Bastoni, porque nada mudou para a seleção italiana.

Pode parecer paradoxal dizer que a squadra azzurra carece urgentemente de uma renovação e da emergência de novos valores, depois de há um ano se ter sagrado campeã europeia, mas a verdade é que é essa a percepção com que se fica ao vê-la jogar, mesmo considerando algumas ausência importantes como as de Insigne, Chiesa e Immobile.

Jogo realizado no Estádio de Wembley, em Londres.

- Argentina: Emiliano Martínez, Nahuel Molina, Otamendi, Romero (Pezzella, 84), Tagliafico, Guido Rodríguez, Rodrigo De Paul (Palácios, 76), Lo Celso (Dybala, 90+1), Di Maria (Nicolas Gonzalez, 90+1), Lionel Messi e Lautaro Martínez (Julian Alvarez, 84).

Selecionador: Lionel Scaloni.

- Itália: Donnarumma, Di Lorenzo, Bonucci, Chiellini (Lazzari, 46), Emerson (Bastoni, 77), Barella, Jorginho, Pessina (Spinazzola, 62), Bernardeschi (Locatelli, 46), Raspadori e Belotti (Scamacca, 46).

Seleccionador: Roberto Mancini.

Árbitro: Piero Maza (Chile).

Marcadores: 1-0, Lautaro Martínez, 28 minutos; 2-0, Angel Di Maria, 45; 3-0, Dybala, 90+4.

Disciplina: cartão amarelo para Otamendi (23), Bonucci (39), Di Lorenzo (72) e Barella (77).