Ameaças levam diretor do Feyenoord a demitir-se, por "temer pela família"
O diretor-geral do Feyenoord, Mark Koevermans, anunciou nesta quarta-feira a sua demissão do clube, após uma série de ameaças que, segundo os responsáveis, o fizeram "temer por ele e pela sua família".
A demissão chocante, a terceira registada em cinco anos no cargo de principal dirigente do clube holandês, ocorre depois de uma série de incidentes em que Koevermans foi o alvo, supostamente por adeptos radicais do clube.
"O principal motivo da saída é que ele (Koevermans), após uma série de incidentes, sente que não pode mais trabalhar adequadamente ou tomar decisões sem temer o impacto sobre a segurança dele e da sua família", disse o Feyenoord em comunicado.
Entre os incidentes registados houve um ataque, em setembro, quando as janelas da casa de Koevermans foram partidas e a porta da frente vandalizada com tinta, segundo a agência de notícias ANP.
No início deste ano, também foi ameaçado por adeptos , furiosos com os planos de construir um novo estádio para o Feyenoord e mudar o clube da sua localização atual no velho Estádio conhecido como "De Kuip".
"O Feyenoord tem estado perto do meu coração desde a infância", disse Koevermans, 53, em comunicado. "Dói tomar uma decisão como esta", acrescentou.
"É um dia triste para o clube", admitiu Toon van Bodegom, presidente do conselho de comissários do Feyenoord.
Ex-tenista profissional, Koevermans começou como diretor comercial do Feyenoord em 2009, antes de ser nomeado diretor geral uma década depois. Agora, deixará oficialmente o cargo a 1 de dezembro.