A Deco tem ao longo destes anos feito chegar às autoridades vários reparos e preocupações sobre atuação do setor financeiro, mas não sobre hipóteses de cartelização. . Vários bancos portugueses estão hoje a ser alvo de buscas pelas autoridades por suspeitas de cartelização na determinação dos spreads e das comissões aplicadas aos empréstimos. Ao Dinheiro Vivo, o secretário geral da Deco, Jorge Morgado, referiu que a associação de defesa do consumidor têm feito vários alertas sobre o a subida generalizada dos spreads e também de algumas comissões e Vinai Pranjivan, especialista da Dinheiro & Direitos da Deco Proteste, precisou que nunca se pronunciaram sobre cenários de cartelização, até porque esse tipo de investigação e fiscalização cabe às autoridades. . Vinai Pranjivan salientou ainda que as análises que periodicamente a Deco faz aos preçários praticados pelas instituições financeiras revelam que os movimentos de subida ocorrem, por regra, nos mesmos períodos. Mas lhe chegaram queixas a reportar indícios de cartelização. . "Temos demonstrado, nas nossas análises que quando os spreads ou as comissões sobem, este movimento de subida acontece ao mesmo tempo", precisou Vinai Pranjivan acentuando que os bancos que optam pelas subidas, estão a faze-las com alguma regularidade.