Monica Bellucci, sempre com palavras generosas para Lisboa.
Monica Bellucci, sempre com palavras generosas para Lisboa.EPA/JUAN HERRERO

San Sebastián. Um festival de encontros

Num festival onde ainda há tempo para ter acesso e conversar com os criadores, eis um olhar sobre os bastidores de encontros com Monica Bellucci, Jamie Campbell Bower ou Andrew Garfield...
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Em San Sebastián há uma descontração que não acontece em Veneza, Toronto ou Cannes. Talvez seja o efeito do clima agradável da Concha, talvez seja da felicidade que os pinchos de ouriço do mar ou de vieiras provocam. É por isso que há uma proximidade maior entre as estrelas e a população que adere em massa às sessões do festival. Uma descontração que também passa para os momentos das entrevistas que o serviço de imprensa proporciona aos acreditados, muitas delas sem a burocrática mediação de distribuidoras e agentes. Dos encontros que o DN teve acesso e que nos próximos tempos por aqui serão publicados há bastidores bem curiosos. A começar pela informalidade com que nos chegou Monica Bellucci, em visita ao festival para apresentar Maria Callas - Letters and Memories, de Tom Volf e Yannis Dimolitsas, onde é o centro das atenções através das memórias da digressão da peça em que interpretava Maria Callas. Monica, com um charme bem delicado dizia com um sorriso grande que ama Lisboa, que se sente em casa na capital portuguesa, ela que já teve um apartamento na Costa do Castelo, bem no coração da capital…

O talentoso Andrew Garfield, conhecido de uma certa encarnação de Homem-Aranha esteve uma semana a aproveitar os petiscos do festival, mesmo tendo apenas que estar para a gala de encerramento: Todo o Tempo que Temos, de John Crowley passou como filme de fecho. O inglês mostrou-se sempre anti-vedeta nos corredores do Hotel Maria Cristina, tal como a vedeta dos anos 1990 em França, a comediante Josiane Balasko, uma das estrelas de Quando Vient L’Automne, de Ozon, que nos perguntava se era comum em Portugal haver uma pausa nas sessões para as pessoas fumarem. Diz que uma vez veio a Portugal num festival fora de Lisboa e lembrava-se disso. Estranho, no mínimo.

Também com uma simpatia acima da média um dos mais velhos cineastas do mundo, o grego Costa-Gavras. O realizador de Le Dernier Souffle confessava-nos que fez este filme sobre o direito a morrer com dignidade pois sabe a idade que tem.

O bem mais jovem Jamie Campbell Bowler, estrela de Stranger Things, cumpriu com diplomacia os deveres de promoção do tão falado Emmanuelle e contava que se lembra de Lisboa dos tempos em que frequentava o NOS Alive e que dava na bebida. “Agora estou sóbrio”, começou imediatamente por dizer. Audrey Diwan, a realizadora do filme, parecia triste com as críticas negativas e confessava: “é importante que a imprensa ajude Emmanuelle”.

Em San Sebastián

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