Exclusivo Que estreias irão salvar as salas em 2023?
Com o fim da pandemia e o regresso à "normalidade", 2022 foi o ano em que os cinemas procuraram a recuperação possível, depositando a esperança em estreias guardadas na gaveta. Caso evidente de Top Gun: Maverick, que trouxe um centelha de vida às salas num panorama pouco animador. A arrancar agora, 2023 volta a ser um teste aos espectadores que ainda valorizam o ritual coletivo da sala escura. Eis as estreias mais esperadas...
Se tivéssemos de eleger o filme, dos que aí vêm, com mais hipóteses de alcançar números de bilheteira semelhantes aos de Top Gun: Maverick em 2022, a aposta recairia sobre Indiana Jones e o Marcador do Destino, de James Mangold. É naturalmente o título mais antecipado de 2023, sem Steven Spielberg na cadeira de realizador, mas com um Harrison Ford octogenário a retomar o papel do herói aventureiro que interpretou desde os 39 anos - já lá vão quatro filmes e muitas lesões em contexto de rodagem desde Os Salteadores da Arca Perdida (1981). Ao quinto momento da saga, as expectativas estão altas, não apenas por ser, alegadamente, a despedida de Ford da sua icónica personagem, mas também pelo brilho do elenco que o rodeia: de Phoebe Waller-Bridge a Antonio Banderas, passando por Mads Mikkelsen, todos sentiram o privilégio de contracenar com Ford na pele do mítico arqueólogo que continua a mostrar a boa forma (vejam-se os lampejos de ação no trailer já disponível). Com a assinatura do realizador de Logan, e por agora sem desenvolvimentos de sinopse, Indiana Jones e o Marcador do Destino parece pronto para conquistar a simpatia dos fãs, e não só. Chega aos cinemas no final de junho.
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Sem sair do âmbito da produção americana, há uma mão-cheia de títulos que se impõem, alguns com estreia agendada para os primeiros meses de 2023. Caso de Babylon (19 de janeiro), de Damien Chazelle, história de cupidez ambientada na Hollywood dos anos 20, com Margot Robbie e Brad Pitt, Batem à Porta (2 de fevereiro), a nova proposta assustadora de M. Night Shyamalan, e A Baleia (2 de março), de Darren Aronofsky, o muito elogiado regresso de Brendan Fraser, aqui a representar um homem com obesidade mórbida que tenta reaproximar-se da filha adolescente no pouco tempo que lhe resta. Babylon e Fraser estão nomeados para os Golden Globes, tal como Tár (9 de fevereiro), de Todd Field, com Cate Blanchett a envergar a pose de supermaestrina de uma orquestra alemã, sem esquecer Os Espíritos de Inisherin (2 de fevereiro), de Martin McDonagh, que volta a reunir a dupla do excelente Em Bruges, Colin Farrell e Brendan Gleeson. Guardando alguma cautela, pode dizer-se que é já um dos filmes-sensação da temporada de prémios, com oito nomeações para os Globes. De fora das grandes apostas parece ter ficado o último do britânico Sam Mendes, Império da Luz (23 de fevereiro), só com uma nomeação para a sua atriz, Olivia Colman. Um drama de cidade costeira envolvido por uma suposta "magia do cinema".