Organização do Festival MIMO acusa Rui Moreira de declarações "gravíssimas e sem fundamento"

A organização considera que as declarações de Rui Moreira, que anunciou não voltar a organizar o evento, foram feitas "sem qualquer articulação com a organização e sem sequer um contacto ou comunicação prévios".

A organização do Festival MIMO respondeu, esta terça-feira, a Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, que na segunda-feira tinha anunciado que a autarquia não irá voltar a organizar aquele evento.

Em comunicado, os organizadores mostram "estupefactos" perante as "acusações gravíssimas e sem fundamento" do autarca, que acusa a empresa de "incumprir com as normas que estavam previamente estabelecidas".

"Não corresponde à verdade que tenha existido qualquer recusa por parte da Câmara Municipal do Porto na realização do Festival MIMO na cidade, dada a inexistência de qualquer proposta por parte da organização ou negociação entre as partes tendente a tal realização", pode ler-se na nota.

A organização, que apenas teve conhecimento da posição de Rui Moreira através da comunicação social, nega qualquer relato de "incidentes relevantes" ou incumprimento de normas.

Na mesma nota, a organização recorda que a abordagem e todos os preparativos iniciais para a estreia do festival no Porto - entre os dias 23 e 25 de setembro de 2022 - foram feitos diretamente com o presidente Rui Moreira que, mais tarde, forneceu orientações para a contratação e realização através da Ágora Cultura e Desporto.

"Apesar deste contratempo tão amargo, a organização assinala que este é um ano para festejar, pois o MIMO completa 20 anos de existência com realizações consecutivas, acumulando prémios nacionais e internacionais e números superlativos ao longo de duas décadas", refere a organização.

Contando com 57 edições realizadas com mais de 1450 atividades apresentadas gratuitamente e com um público superior a 2 milhões de pessoas, sendo um festival único, a organização do festival defende que o "bom nome e reputação não podem ser postos em causa por um qualquer interesse ou conveniência de política municipal".

A organização do MIMO desconhece o contexto e as motivações que desencadearam as declarações do autarca do Porto e aguarda explicações.

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