Exclusivo Oito frases para 80 anos de Casablanca

O clássico entre os clássicos do cinema celebra oito décadas e ainda tem muito a dizer às renovadas gerações de espetadores. Imiscuído na cultura popular, Casablanca, de Michael Curtiz, nunca passou de moda.

Há os filmes feitos para a posteridade e depois há aqueles que passam à posteridade sem que os seus criadores tenham perdido um minuto a pensar em algo mais do que o sucesso imediato. Casablanca será sempre um dos exemplos mais eloquentes do segundo tipo. Realizado em 1942, figurava na cadeia de produção da Warner Bros. como "mais um filme" desse ano, sujeito às restrições de um tempo de guerra e, por isso, também à necessidade do improviso. Só do próprio Michael Curtiz, seria o terceiro título a constar na lista de realizações de 1942 (depois de Corsários das Nuvens e Canção Triunfal), tendo como argumentistas dois assalariados dos estúdios, os irmãos Julius e Philip Epstein -- que, tal como o realizador e o filme, acabaram distinguidos com Óscares, juntamente com um terceiro argumentista, Howard Koch (que se juntou à equipa quando os Epstein foram solicitados para outro projeto no contexto do esforço de guerra).

A assinalar agora 80 anos da estreia, Casablanca foi, assim, uma obra resultante da máquina bem oleada da Hollywood clássica, sem grande aparato de produção e muito desenrascanço pelo meio. O que em nada comprometeu a sua mitologia, entenda-se. Ainda recentemente reencontrámos a sua influência suave num romance português, Adeus Casablanca, de João Céu e Silva. Já para não falar dos inúmeros filmes que o vão citando ao longo do tempo.

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