Exclusivo Na companhia dos burros

Premiado em Cannes, nomeado para o Óscar de melhor filme internacional em representação da Polónia, o mais recente filme de Jerzy Skolimowski intitula-se EO - é o nome de um burro condenado a lidar com os desmandos das personagens humanas.

Se começarmos por dizer que o protagonista de EO, o mais recente filme do polaco Jerzy Skolimowski, é um burro, talvez seja inevitável atrair a sugestão de que se trata de uma fábula. Assim é, sem dúvida. De qualquer modo, importa resistir às generalizações fáceis que os rótulos podem arrastar e acrescentar que estas atribulações de uma personagem central com quatro patas não são uma aventura filmada, muito menos encenada, à maneira tradicional dos estúdios Disney.

A partir de hoje nas salas portuguesas, EO possui o apelo, a inteligência e o fascínio de uma verdadeira fábula, de tal maneira que os seus particularismos desembocam num genuíno universalismo, a ponto de surgir, em representação da Polónia, entre os cinco nomeados para o Óscar de melhor filme internacional (a atribuir a 12 de março). O seu impacto começou no Festival de Cannes do ano passado, aí arrebatando o Prémio do Júri, partilhado com As Oito Montanhas, de Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch (cujo lançamento entre nós está agendado para 13 de abril).

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