Mesmo com problemas técnicos Girl in Red trouxe energia e orgulho lésbico para o NOS Alive
Paulo Spranger

Mesmo com problemas técnicos Girl in Red trouxe energia e orgulho lésbico para o NOS Alive

A cantora norueguesa Girl in Red abriu o palco principal no segundo dia festival NOS Alive, no Passeio Marítimo de Algés. Neste palco iram ainda atuar justice e Anyma.
Publicado a
Atualizado a

“Estamos em Lisboa e esta é uma palavra muito parecida com lésbica”, quem o diz é Marie Ulven Ringheim, mais conhecida como Girl in Red, no Palco principal do NOS Alive no Passeio Marítimo de Algés, esta sexta-feira, 11 de julho.

Esta é a segunda vez que Girl in Red atua no festival de Oeiras. Em 2023, tocou no palco Heineken. A cantora passou ainda pelo festival Paredes Coura no ano passado. 

Ainda estava pouca gente em frente ao palco, quando Girl in Red apareceu  cinco minutos  atrasada, devido a problemas técnicos. Vestia com blazer preto e calças de ganga e arrancou com a música Doing it Again Baby

No entanto, foi a segunda música Bad Ideia que começou a aquecer o público e já se ouviam algumas vozes a cantar. A sua energia não abrandou, correndo no palco de um lado para o outro. 

“Aparentemente somos os primeiros a atuar e isso é giro”, disse a cantora, antes de avançar para a música Girls, um dos seus grandes êxitos sobre ser lésbica. 

A cantora norueguesa pediu ao público para saltar na música Dead girl in a Pool e ensinou o refrão aos festivaleiros. “Sei que ainda é muito cedo e ainda só beberam uma bebida, mas agora preciso que todos saltem como uns loucos”. 

Seguiu-se Call you mine, onde a cantora pediu para o público levantar as mãos, o qual obedeceu. Girl in Red não parou a energia e sempre com uma guitarra na mão avançou para Hemingway, uma música sobre vícios e como estes podem estragar relações. A cantora admitiu enganar-se a tocar esta música em Barcelona no Festival Cruïlla. “Enganei-me, por isso vou beber água “, sublinhou. 

Quando atiraram a bandeira lésbica para o palco, Girl in Red cantou Midnight Love com a bandeira ao pescoço. 

“Alguém se apaixonou em outubro?”, perguntou ao público antes de explicar que se apaixonou em 2013 por uma rapariga durante este mês. “Eu namorava com um rapaz mas depois conheci esta rapariga. Esta foi a primeira música que escrevi sobre amar uma mulher e depois nunca parei”, disse referindo-se ao tema We fell in love october.

Ao prosseguir com o reportório, Girl in Red passou por problemas técnicos novamente, durante a Phantom Pain. “O que aconteceu?  Perdemos o som todo? Sou só eu quem não consegue ouvir?”, parou a cantora no meio da passadeira do palco NOS. 

Os problemas técnicos não a impediram de continuar a música com a energia máxima. Situação resolvida, tocou ainda You Stupid Bitch e depois Serotonin, em que se enganou num dos versos. 

Para terminar, cantou um dos seus grandes êxitos, I wanna be your girlfriend, com um pequeno crowd surfing

O festival continua esta sexta-feira com Anyma como cabeça de cartaz e amanhã conta com o concerto dos Muse.

Mesmo com problemas técnicos Girl in Red trouxe energia e orgulho lésbico para o NOS Alive
Dos corações partidos aos apaixonados: Olivia Rodrigo fez o NOS Alive vibrar

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt