18 anos depois de incidente racista, Michael Richards não procura regressar ao ativo
Michael Richards, estrela da série Seinfeld, em exibição no Star Comedy e na Netflix, disse ter ficado “imediatamente arrependido” de se ter dirigido a um grupo de negros com uma expressão racista num espetáculo de comédia em 2006, o que lhe colocou um ponto final na carreira, mas confessou que não procura regressar ao ativo.
O ator, vencedor de três Emmys pela sua interpretação de Cosmo Kramer entre 1989 e 1998, tem estado afastado das luzes da ribalta desde esse incidente na Laugh Factory, em Los Angeles.
“Fiquei imediatamente arrependido no momento em que disse isso no palco”, disse Richards à revista People, publicada na quarta-feira. “Não estou à procura de um regresso”, garantiu.
“A minha raiva estava espalhada por todo lado e veio ao de cima de forma forte e rápida. A raiva é uma grande força. Mas aconteceu. Em vez de fugir disso, mergulhei fundo e tentei aprender com isso. Não foi fácil”, acrescentou.
“Não sou racista. Não tenho nada contra negros. O homem que me disse que eu não era engraçado tinha acabado de dizer o que eu vinha a dizer para mim há algum tempo. Senti-me humilhado. Queria metê-lo em baixo”, assegurou.
Por outro lado, Richards prepara-se para lançar um livro de memória, intitulado Entrances and Exits (Entradas e Saídas, em tradução literal), no próximo mês.
Em abril, o ator de 74 anos fez uma rara aparição pública na estreia de Unfrosted, o novo filme de Jerry Seinfeld.
No entanto, nos últimos 18 anos recusou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood e diversas propostas para apresentar o Saturday Night Live. “Não me sentia merecedor. Nunca fiquei realmente satisfeito com o meu desempenho em Seinfeld. A fama ampliou as minhas inseguranças. Nunca conseguiu conectar-me com a alegria de ser um artista. Era um bom ator, mas não me sentia confortável sendo o personagem, não sendo eu”, explicou.