A Bolsa de Lisboa tem, a partir de hoje, uma nova empresa cotada:.os CTT. Mais velha do que a própria Bolsa, a empresa conseguiu.atrair mais de 25 mil novos acionistas, a maioria investidores.portugueses, e começa hoje a negociar às 10.30. De acordo com os.resultados da Oferta Pública de Venda (OPV) ontem revelados em.sessão especial de Bolsa, a procura por ações dos Correios superou.nove vezes a oferta. O Estado vai encaixar 579 milhões de euros com.a operação e 56,8% do capital dos CTT ficará em mãos nacionais..Leia também - Francisco Lacerda: "Farei o que os acionistas entenderem"."Foi uma operação muito bem sucedida. O sucesso é demonstrado.pelo forte interesse investidor e amanhã [hoje] arranca um novo.ciclo. Missão cumprida", afirmou o presidente dos CTT, Francisco.Lacerda, durante a apresentação dos resultados (ver texto de.baixo)..Ao terceiro dia a procura já tinha superado a oferta e, no final.da operação, a procura total acabou por ser 9,04 vezes superior à.oferta. Os CTT partem hoje com 25 433 novos acionistas, dos quais.98,9% são portugueses residentes maioritariamente em Lisboa (35%) e.no Porto (18%). A maioria, 8579 investidores, vai receber entre 100.a 500 ações da empresa, mas houve quase 3400 investidores a.conseguirem ficar com mais de 2500 títulos..No que diz respeito às ordens dadas por investidores.institucionais na operação, apenas 23% vieram de Portugal. Da parte.internacional, 27% das ordens vieram do Reino Unido, 13% dos Estados.Unidos, 10% da Alemanha e os restantes 27% de outros países..Questionado sobre a nova estrutura acionista, Francisco Lacerda.não avançou com nomes mas explicou que a operação se dirigiu a.institucionais que não adquiriram grandes posições na companhia..Nos próximos dias serão reveladas as participações qualificadas.superiores a 2%. Certo é que o presidente dos CTT garantiu que."56,8% do capital ficou em mãos nacionais, incluindo os 30%.detidos pela Parpública, e os restantes 43% em investidores.estrangeiros". A participação de 30% que fica nas mãos do Estado.poderá ser vendida, se o Governo assim o decidir, nove meses após a.entrada em bolsa dos CTT. O encaixe com a OPV dos Correios atingiu os.104,5 milhões de euros do público em geral e 10,8 milhões dos.trabalhadores dos CTT, e os investidores institucionais.corresponderam a 464 milhões de euros do total da operação. Feitas.as contas, o encaixe para o Estado atingiu os 579 milhões de euros.."Esta operação foi uma decisão responsável mas também.arrojada do Governo, em que se comprova que a ousadia e confiança.são necessárias para a construção de uma economia sólida e.moderna", afirmou o ministro da Economia, António Pires de Lima..As ações dos CTT, que foram vendidas a 5,52 euros, começam hoje.a negociar a partir das 10.30.