CPR mantém notação A-1, com tendência negativa, ao Grupo Unicer

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Apesar do contexto económico e do mercado português recessivo, o Grupo Unicer mantém uma forte capacidade de geração de fundos, beneficiando do processo de reestruturação concluído em 2010, das importantes posições de mercado que mantém em Portugal nos segmentos das cervejas e das águas engarrafadas e da estratégia de internacionalização (sobretudo para Angola).

A forte geração de fundos em 2010 e nos primeiros quatro meses de 2011 permitiu ao Grupo Unicer realizar um esforço de investimento significativo (sobretudo em 2010) e praticamente manter a sua autonomia financeira no fim destes períodos. Na estrutura de maturidades da sua dívida financeira, apesar de alguma melhoria já verificada, o Grupo mantém uma elevada concentração a curto prazo.

A análise de sensibilidade realizada pela CPR à geração de fundos pelo Grupo permitiu concluir que, mesmo num cenário muito pessimista de quebra acentuada das vendas em 2012, o Grupo Unicer conseguiria manter níveis de endividamento financeiro e de autonomia financeira em linha com o histórico recente se reduzir os gastos de marketing, os investimentos e / ou a distribuição de dividendos.

Assim, na opinião da Companhia Portuguesa de Rating, S.A. (CPR), as capacidades da Unicer - Bebidas de Portugal, S.G.P.S., S.A. (Unicer - holding do Grupo Unicer) e da Unicer - Bebidas, S.A. (Unicer Bebidas, empresa detida a 100,0% pela Unicer) honrarem, atempadamente e na íntegra, os seus compromissos financeiros de curto prazo continuam a ser muito fortes, pelo que lhes mantém a notação A-1.

A CPR mantém também a tendência negativa a estas notações, reflectindo sobretudo os previsíveis impactos da situação em que se encontram o Estado Português e o sistema financeiro português, nomeadamente na redução do rendimento disponível das famílias e do consumo interno e no agravamento das condições de financiamento.

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