Deteção precoce é a chave para travar o cancro do endométrio
O endométrio é o tecido que reveste o interior do útero e o cancro do endométrio é o tumor ginecológico mais frequente no mundo. Anualmente, são diagnosticados cerca de 1.200 casos de cancro do endométrio em Portugal, 360 dos quais resultam em morte.
São vários os fatores que aumentam o risco de se desenvolver este tumor maligno destacando-se a idade (à medida que a idade avança o risco aumenta, sendo este fator imutável) e a obesidade (fator de risco que pode ser alterado).
É um tumor que habitualmente surge na menopausa (embora num número reduzido de casos possa surgir antes da menopausa) e o sintoma inicial, que acontece em 90% das doentes, é a hemorragia vaginal, ou seja, a perda de sangue pela vagina. Este sintoma, sobretudo se surgir numa mulher na menopausa, deve levá-la a procurar observação médica com brevidade.
Em fases mais avançadas de doença, outros sintomas como dor abdominal, alterações do trânsito intestinal ou queixas urinárias, podem ocorrer.
O tratamento, decidido de forma multidisciplinar por equipas médicas com experiência no tratamento deste cancro, inclui habitualmente cirurgia, complementada ou não por outros tratamentos (radioterapia e/ ou quimioterapia) dependendo de determinadas características do tumor e da doente.
Os resultados (nomeadamente a possibilidade de se sobreviver após um diagnóstico de cancro do endométrio) são melhores quanto mais precoce for a fase (estadio) da doença à data do diagnóstico e início do tratamento.
O conhecimento adquirido nos últimos anos acerca desta doença permitiu, no entanto, avanços no seu tratamento mesmo em fases mais avançadas, melhorando de forma significativa o seu prognóstico.
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